EMOCIONANTE

Ahmed: Você nunca viu nada igual ao depoimento desse menino palestino

Toda a dignidade e a indignação na voz que vem do fundo da alma de Ahmed, que mostra porque o palestino não se rende nunca

Ahmed.Créditos: Imagem retirada do vídeo sobre imagem da bandeira palestina
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Não há identificação dele. Apenas alguém que fala seu nome a certa altura de seu desabafo: Ahmed. 

Ahmed seria apenas mais um entre os milhões de palestinos massacrados por Israel desde 1948 e mais agudamente desde o 7 de outubro de 2023, quando um ataque do grupo Hamas a um acampamento de Israel dentro daquele país serviu de sinal para o início do genocídio palestino, que Israel executa impiedosamente, dia após dia. 

Já são 55.493 os palestinos assassinados por Israel, 40% deles mulheres e crianças, como a mãe e o irmão de Ahmed, mortos no dia desse seu depoimento.
 


Transformando alimentos em armas

Nesta segunda, dia 16, o chefe de direitos humanos das Nações Unidas, Volker Turk, condenou a conduta de Israel em Gaza, apontando que "Israel transformou alimentos em armas e bloqueou ajuda vital". Ele pediu um "cessar-fogo imediato que conduza a uma solução de dois Estados, com Gaza como parte integrante de um Estado Palestino".

Volker Turk disse que os "meios e métodos de guerra de Israel estão infligindo sofrimento horrível e inconcebível aos palestinos em Gaza", onde mais de 20 meses de ataques israelenses mataram pelo menos 55.362 pessoas, incluindo milhares de crianças, de acordo com autoridades de saúde em Gaza.

Turk também falou sobre a escalada militar entre Israel e o Irã, definindo o cenário como "profundamente preocupante". O dirigente da ONU apelou "por uma redução da tensão e negociações diplomáticas urgentes para pôr fim a esses ataques e encontrar um caminho a seguir".  “Essa violência deve acabar”, pontuou. 

'Sistema de distribuição letal'

Mais de 300 pessoas foram mortas até agora perto dos locais de distribuição e mais de 2.000 ficaram feridas desde que a GHF iniciou suas operações.

 A Fundação opera três locais em áreas protegidas por tropas israelenses após Israel impor um novo sistema de distribuição depois de suspender parcialmente um bloqueio de fluxo de ajuda humanitária que durou três meses. As Nações Unidas rejeitaram o plano, alegando que a distribuição da GHF é inadequada, perigosa e viola os princípios de imparcialidade humanitária.

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Philippe Lazzarini, chefe da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNRWA), afirmou em uma postagem no X que, em Gaza, "tragédias continuam sem parar enquanto a atenção se volta para outros lugares"

"Dezenas de pessoas foram mortas e feridas nos últimos dias, incluindo pessoas famintas que tentavam obter comida de um sistema de distribuição letal", pontuou. "As restrições à entrada de ajuda da ONU, incluindo a da UNRWA, continuam, apesar da abundância de assistência pronta para ser enviada a Gaza. Além disso, a grave escassez de combustível está dificultando a prestação de serviços essenciais, especialmente saúde e água."

Lazzarini renovou os apelos para a construção de um acordo de paz. "Matanças e guerras gerarão mais guerras e derramamento de sangue. Os civis sempre serão os primeiros e os que mais sofrerão. Vontade política, liderança e coragem são necessárias e mais do que nunca. É hora de uma paz duradoura em Gaza e em toda a região", disse.

 

 

 

 

 

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