O presidente americano, Donald Trump, assinou, nesta quarta-feira (6), um decreto que adiciona 25% às tarifas cobradas dos produtos indianos "em resposta à compra contínua de petróleo russo", anunciou a Casa Branca em uma das suas contas do X.
Essa nova tarifa aduaneira será aplicada dentro de três semanas e se soma a mais de 25%, que deve entrar em vigor na quinta-feira, segundo o decreto.
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A nova sanção, no entanto, não será imposta aos bens sujeitos a tarifas específicas como o aço e o alumínio e sobre produtos farmacêuticos, uma indústria importante na Índia, e sobre os semicondutores.
A publicação do decreto freou a progressão dos preços do petróleo, que ainda segue em alta.
A medida tem como objetivo reduzir a capacidade de Moscou para financiar a guerra na Ucrânia, que o decreto se qualifica como "uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e para a política externa dos Estados Unidos".
“Estimo que importar tarifas (...) além das outras medidas tomadas para responder à emergência nacional será mais eficaz para gerenciar essa ameaça”, acrescenta Trump no decreto.
Depois da China, a Índia é o principal comprador de petróleo russo, que em 2024, representava cerca de 36% das importações indianas de petróleo, frente a aproximadamente 2% antes da guerra, segundo dados do Ministério do Comércio Indiano.
Nova Délhi justifica sua dependência do petróleo russo, explicando que os "fornecedores tradicionais foram desviados para a Europa após a eclosão do conflito" na Ucrânia, quando os países europeus buscavam alternativas aos hidrocarbonetos russos.
Além disso, as avaliações ocidentais, em particular o preço máximo imposto ao petróleo russo, o fizeram ainda mais atrativos para as empresas indianas, que economizaram bilhões de dólares em custos de importação.