Alberto Fernandez e Cristina Kirchner tomam possem e varrem política neoliberal da Argentina

Em seu discurso, o presidente Fernández disse que “chegou a hora de abraçar os diferentes, ajudar primeiro os que estão mais vulneráveis, para logo ajudar a todos, e assim voltar a colocar a Argentina em pé"

Alberto Fernandez recebe a faixa presidencial de Mauricio Macri na Argentina (Reprodução/Youtube)
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Às 12h desta terça-feira (10), a Argentina passou a ter oficialmente um novo presidente. O jurista Alberto Fernández, vencedor das eleições de 27 de outubro em primeiro turno, assumiu o poder, em um mandato de quatro anos, programa para se estender até dezembro de 2023. Junto com Fernández, assumiu como vice-presidenta e como presidenta do Senado, a ex-presidenta Cristina Kirchner. Em representação do governo brasileiro, estava presente na cerimônia o vice-presidente Hamilton Mourão. No momento em que ambos entraram no plenário do Senado para a cerimônia de posse, os congressistas entoaram fortemente o hino peronista, com o refrão “viva Perón, viva Perón!!”, e passaram a cantar ainda mais forte quando foi anunciada a presença do agora ex-presidente Mauricio Macri, que entregou a faixa e o cetro presidenciais a Fernández. Em seu discurso, o presidente Fernández disse que “chegou a hora de abraçar os diferentes, ajudar primeiro os que estão mais vulneráveis, para logo ajudar a todos, e assim voltar a colocar a Argentina em pé, no caminho de recuperar o desenvolvimento e a justiça social”. Também falou de “superar o muro da fome e da pobreza, o muro do ódio político que nos dividiu nos últimos anos, e o muro da desigualdade entre os que mais possuem e os que lutam para sobreviver. O sonho de uma Argentina unida não requer unanimidade. Estou ciente de que, se atuamos de boa-fé, chegaremos aos consensos que necessitamos para superar este duro momento em que vivemos”. [caption id="attachment_198396" align="aligncenter" width="900"] Fernandez, Macri e Cristina durante a posse (Reprodução/Youtube)[/caption]