Apesar dos ataques do presidente Jair Bolsonaro à Organização Mundial da Saúde (OMS), o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, desejou melhoras ao ex-capitão após a notícia de que ele teria testado positivo para o novo coronavírus nesta terça-feira (7).
"Nenhuma nação está imune e nenhum indivíduo está a salvo. Esperamos que sua excelência, o presidente Bolsonaro, esteja bem e se recupere rapidamente. Espero que os sintomas sejam leves e sua excelência esteja de volta à ativa o quanto antes para apoiar seu país", declarou Adhanom.
O presidente anunciou nesta terça-feira, em coletiva de imprensa, que o exame de Covid realizado por ele trouxe resultado positivo. Na ocasião, ele tirou a máscara de proteção em frente às equipes de TV, expondo jornalistas ao risco. A atitude aumentou a desconfiança nas redes sociais sobre o diagnóstico.
Imprensa internacional
A notícia de que Bolsonaro se infectou com o Sars-Cov-2 ganhou repercussão internacional. A informação foi acompanhada de críticas sobre a postura do ex-capitão diante da pandemia.
"O presidente Jair Bolsonaro, do Brasil, testou positivo para o coronavírus após meses desconsiderando a seriedade da doença. Mais de 65.000 brasileiros morreram", anunciou o New York Times em postagem no Twitter.
"O presidente do Brasil, quem definiu a Covid-19 como uma 'gripezinha' e a todo momento minimizou a importância da pandemia, se contagiou com o vírus. Disse que tem febre, tosse e dores musculares. Tem 65 anos e está no grupo de risco. Apesar de estar infectado, se apresentou pessoalmente à imprensa e sem manter distanciamento social para comunicar o resultado do teste", diz a chamada do argentino Página 12 que aparece em destaque no site do periódico.
NBC, The Guardian, Bloomberg, BBC, Clarín, Al Jazeera, TeleSUR e RT também deram destaque ao diagnóstico, expondo que o presidente abaixou a máscara diante de jornalistas e recordando o histórico.
Com informações da Ansa