Amazon bane livros de "cura gay" de seu catálogo e conservadores protestam nos EUA

Conservadores cristão alegam que decisão da Amazon "equivale à discriminação religiosa"

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Gigante do comércio virtual, a Amazon baniu todos os livros que preguem a chamada "cura gay" de seu catálogo. A empresa disse considerar tal tema como "inadequado" e iniciativa provocou fúria entre grupos conservadores americanos. Um deles criou um abaixo-assinado com o objetivo de derrubar a decisão da Amazon, alegando "censura". Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém "Healing Homosexuality: Case Stories of Reparative Therapy" (Curando a homossexulidade: histórias de casos de terapia reparativa) e "A Parent's Guide to Preventing Homosexuality" (Um guia parental para prevenir a homossexualidade) foram algumas das obras retiradas do site da Amazon. O Voice of the Voiceless (Voz dos Sem Voz) é um dos grupos responsáveis pelo abaixo-assinado e diz ter como missão "defender os direitos dos ex-homossexuais com indesejada atração pelo mesmo sexo", e, de quebra, apoiar "a comunidade baseada na fé". O abaixo-assinado criado no Change.org tinha, até quinta (12), 19,3 mil assinaturas de uma meta de 25 mil. As críticas contra a Amazon aparecem acompanhadas da palavra "censura" e "descriminação". "Isso equivale à discriminação religiosa e à baseada na orientação sexual", diz o texto. Tony Perkins, presidente do Family Research Council e um dos mais poderosos cristãos em Washington, também disparou contra a empresa. "Fé cristã teve um papel significativo na ajuda a pessoas lidando com uma indesejada atração por gente do mesmo sexo", disse, defendendo as obras de "cura gay". Perkings também prega que as pessoas nasciam naturalmente héteros, mas traumas na infância poderiam levá-los a optar por relações homossexuais, sobretudo em casos de mãe dominadora e pai ausente. No entanto, organizações de psicologia do mundo inteiro fixam que não há o que ser curado, já que a orientação sexual não é doença mental, assim como já foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, em 1990.