Antes de condenar protestos em Minneapolis, Trump apoiou ação violenta de supremacistas brancos em Michigan

No final de abril, grupos de supremacistas brancos entraram armados em um edifício governamental, ao que Trump reagiu dizendo à governadora do estado: “São pessoas muito boas, mas estão com raiva, converse com elas e faça um acordo”

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou na sexta-feira (29), seu repúdio aos protestos realizados pela comunidade negra de Minneapolis contra a morte de George Floyd, um cidadão negro que foi morto pela ação racista de um policial, que o asfixiou colocando o joelho sobre seu pescoço por mais de oito minutos, em plena rua.

“Esses bandidos estão desonrando a memória de George Floyd, e eu não deixarei isso acontecer. Acabei de falar com o governador Tim Walz (Partido Democrata) e lhe disse que o Exército está com ele o tempo todo. Qualquer dificuldade e assumiremos o controle, mas, quando o saque começar, o tiroteio começará. Obrigado!”, disse Trump, que teve a mensagem restringida pelo Twitter, ao ser considerada um estímulo à violência policial.

Porém, exatas quatro semanas, no dia 1º de maio, a reação de Trump diante de outro tipo de manifestante foi bem diferente. Isso porque, em meados de abril, diferentes grupos de direita, entre defensores de armas e supremacistas brancos, realizaram uma invasão armada a um edifício governamental no Estado de Michigan, apontando rifles para as cabeças das pessoas.

A razão do protesto dos brancos era pedir o fim do lockdown no Estado, medida com a qual Trump está de acordo, e assim como faz o seu colega brasileiro Jair Bolsonaro, o estadunidense defendeu seus apoiadores.

“A governadora de Michigan (Gretchen Whitmer, do Partido Democrata) deve ceder um pouco, e apagar o fogo. São pessoas muito boas, mas estão com raiva. Querem suas vidas de volta novamente, em segurança! Veja-as, converse com elas, faça um acordo”, afirmou o magnata, defendendo o diálogo com os manifestantes que foram presos naquele então.