Aos 60 anos da revolução feita pelo irmão Fidel, Raul Castro deixa comando do Partido Comunista de Cuba

Ato marca a aposentadoria simbólica da velha guarda, que participou diretamente da revolução cubana e dos primeiros anos da formação do governo comunista em Cuba

Raul Castro no 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba (Montagem)
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No dia que marca os 60 anos da revolução liderada pelo irmão, Fidel Castro, Raul Castro deixa oficialmente a presidência do Partido Comunista de Cuba durante o 8º Congresso da sigla - o Congresso da Continuidade Histórica da Revolução Cubana -, que reúne mais de mil membros até esta segunda-feira, 19 de abril, no centro de convenções de Havana.

"Minha tarefa como primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba termina com a satisfação do dever cumprido e a confiança no futuro da Pátria, com a profunda convicção de não aceitar propostas para me manter nos órgãos superiores da organização partidária, em cujas fileiras continuarei a servir como mais um combatente revolucionário, pronto a dar a minha modesta contribuição até o fim da minha vida", disse Raul Castro, que estava desde 2008 à frente do partido.

Raul declarou ainda que será necessário "dar maior dinamismo ao processo de atualização do modelo econômico e social", que ele próprio iniciou em 2008 com uma abertura cautelosa ao trabalho privado e ao investimento estrangeiro.

O ato marca a aposentadoria simbólica da velha guarda, que participou diretamente da revolução cubana e dos primeiros anos da formação do governo comunista em Cuba. A idade de 60 anos também foi fixada como limite para ingresso no Comitê Central do Partido, e de 70 anos para cargos de direção.

Raul Castro, que tem 90 anos, será sucedido no comando do partido pelo atual presidente Miguel Díaz-Canel. A votação aconteceu neste domingo (18) e o resultado será divulgado nesta segunda, último dia do congresso.

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