Após encontro com Bolsonaro, comandante militar dos EUA diz que aumentará presença na América Latina

Segundo o almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul, e que esteve presente na assinatura do acordo entre Trump e Bolsonaro, no fim de semana, medida incluirá mais navios, aviões e forças de segurança

O almirante estadunidense Craig Faller, chefe do Comando Sul (foto: Defense.gov)
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Em declaração realizada em Washington, nesta quarta-feira (11), ao Comitê de Defesa do Senado, o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, almirante Craig Faller, afirmou que seu país deverá aumentar sua presença militar na América Latina até o final deste ano.

Segundo o líder militar, a medida se dá devido às “complexas ameaças em nossa vizinhança”. Ele também adiantou que a estratégia incluirá o aumento do número de navios, aviões e forças de segurança estadunidenses na região.

O anúncio acontece dias depois do próprio Faller ser um dos presentes no encontro entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, em Miami, na qual ele conversou com o presidente brasileiro.

Na declaração aos senadores, Faller fez referência ao encontro com Bolsonaro, e afirmou que o Pentágono assinou um acordo com o Brasil que ele qualificou como “histórico”.

“O acordo permite fortalecer a defesa dos aliados dos Estados Unidos na região e tranquilizar esses países, que lutam para combater uma série de ameaças, entre elas o narcoterrorismo”, afirmou Faller.

O diretor do centro de estudos Barômetro Internacional, Diego Olivera Evia considera que os Estados Unidos e o Comando Sul pretendem aumentar sua hegemonia na América Latina. “Eles falam em proteger seus sócios (…) mas na verdade, isso é pura hipocrisia. O que estão fazendo é fortalecer grupos políticos de ultradireita, alguns dos quais estão governando em seus países”, comentou o sociólogo venezuelano.