Após Fux pedir prisão de Battisti, Bolsonaro troca tuítes com ministro da extrema-direita italiana

Durante a campanha, Bolsonaro havia prometido a Matteo Salvini, ministro italiano ligado ao grupo ultra-liberal O Movimento, que extraditaria Battisti.

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Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinar a prisão do ativista italiano Cesare nesta quinta-feira, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), trocou mensagens via Twitter com o ministro do interior italiano, Matteo Salvini, um dos representantes do grupo de extrema-direita O Movimento, capitaneado pelo ex-assessor de Donal Trump, Steve Bannon. "Obrigado pela sua consideração, Ministro do interior da Itália. Deixe que tudo seja normalizado brevemente no caso deste terrorista assassino defendido pelos companheiros ideológicos brasileiros! Conte conosco!", tuitou Bolsonaro, em resposta a Salvini, na manhã desta sexta-feira. Mais cedo, o ministro italiano havia pedido ajuda a Bolsonaro pelo Twitter. "Um condeando à prisão perpétua que goza a vida nas praias do Brasil me deixa com raiva! Vou fazer grande mérito ao Presidente @jairbolsonaro se ele ajudar a Itália a fazer justiça", tuitou Salvini. Durante a campanha, Bolsonaro havia prometido a Salvini que extraditaria Battisti. A Superintendência da Polícia Federal em São Paulo disse ao jornal Folha de S.Paulo que realiza buscas por Battisti, "porém o procurado encontra-se em local incerto e não sabido". O advogado Igor Tamasauskas, que defende Battisti, disse que não consegue contato com o cliente desde a noite da quinta-feira (13), quando foi a decisão do STF foi divulgada.