Após massacre em Gaza, Gilberto Gil cancela show em Israel

Gil cancelou o show após pelo menos 60 palestinos terem sido mortos por e cerca de 2,7 mil terem ficado feridos por soldados israelenses, em protesto contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém

Foto: Pedro Mendes/Divulgação
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O músico Gilberto Gil cancelou a apresentação que faria em Israel no dia 4 de julho, segundo o colunista d'O Globo Ancelmo Gois. Em 2015, Gil esteve em Tel Aviv ao lado de Caetano Veloso e foi criticado. Na época ele disse que tocaria "para um Israel palestino". Neste ano Gil cancelou o show após pelo menos 60 palestinos terem sido mortos por e cerca de 2,7 mil terem ficado feridos por soldados israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, em protesto contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém. A abertura da embaixada em Jerusalém era uma promessa do atual presidente norte-americano Donald Trump. A medida, no entanto, fere o direito internacional, além de dificultar o processo de paz na região. Em 2017, quando anunciada a mudança da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, 128 países, dos 198 que integram a Assembleia Geral da ONU, votaram uma resolução de condenação à decisão norte-americana. Apenas 7 países ficaram com Trump. A violência contra os palestinos foi criticada até pelo Papa Francisco. "Reitero que o uso da violência jamais leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência."