Argentina denuncia presença de submarino nuclear dos EUA no Atlântico Sul, incluindo Brasil

Segundo o Ministério de Relações Exteriores do país vizinho, a embarcação USS Greeneville teria violado tratados internacionais, e estaria cobrindo faixa entre o Sul do Brasil e as Ilhas Malvinas

Submarino USS Greeneville (foto: Commander, Submarine Forces Atlantic)
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O Ministério de Relações Exteriores da Argentina alertou nesta sexta-feira (12) que seu país detectou a presença de um submarino nuclear dos Estados Unidos no Atlântico Sul, próximo às suas águas territoriais, e também ao que se considera território marítimo do Brasil e do Uruguai.

Segundo as autoridades argentinas, a embarcação USS Greeneville teria sido identificada pelos equipamentos da marinha operando por uma faixa que iria desde o Sul do Brasil até as proximidades das Ilhas Malvinas.

Apesar de o submarino não ter ingressado no mar territorial de nenhum país sul-americano, o governo argentino reclamou da situação, afirmando que “a presença de navios aptos a carregar e utilizar armas nucleares no Atlântico Sul contradiz a Resolução 41/11 da Assembleia Geral das Nações Unidas”.

O governo argentino também afirma que o submarino estadunidense estaria operando com o apoio de uma base militar britânica nas Ilhas Malvinas.

https://twitter.com/CancilleriaARG/status/1360270565555240968

“Não é a primeira vez que a Argentina reconhece ações relacionadas à base militar britânica nas Ilhas Malvinas contrariando resoluções das Nações Unidas”, alertou o Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano.

Enquanto a Argentina do progressista Alberto Fernández enfatiza sua “grave preocupação” com a operação do submarino dos Estados Unidos no Atlântico Sul, os governos de Brasil e Uruguai – dos presidentes de direita Jair Bolsonaro e Luis Lacalle Pou, respectivamente – ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o tema, embora a operação do submarino USS Greeneville tenha se aproximado das águas territoriais de ambos os países.