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A forte presença de mulheres nas marchas indígenas de El Alto para La Paz, capital administrativa da Bolívia, é notória. A denúncia do golpe de Estado racista, que derrubou o presidente Evo Morales e queimou bandeiras Whipala, faz com que movimentos sociais de todos os cantos ocupem a praça Murillo, principal do país.
"As mulheres se colocam de pé. Os policiais queimaram nossa Whipala. Essa Whipala se respeita, irmão, se respeita. Esses malditos tomaram o presidente como Cristo, mas, por Deus, estamos felizes porque o presidente Evo não está só. Ele está vivo, não o mataram como a Tupac Katari", declarou uma das manifestantes, bastante emocionada, ao jornalista Marco Teruggi, da TeleSUR.]
A Whipala representa= os povos originários latino-americanos e foi tornada a segunda bandeira oficial da Bolívia pela Constituição de 2008, quando o país se tornou um Estado Plurinacional. Nas comemorações da extrema direita, Whipalas foram queimadas, expondo o lado racista do golpe.
Sob gritos de "Camacho racista, o povo não te quer", outra manifestantes afirmou que o "povo soberano" está reagindo. "O povo está unido, o povo soberano que deixaram sangrar. A direita está em Santa Cruz empoderada de nosso território, das nossas riquezas, e por isso querem nos humilhar, pisotear nossos direitos como cidadãos. Como se eles fossem os únicos cidadãos, mas nós somos cidadãos. Os leais e soberanos estamos aqui. E vamos fazer com que nos respeitem. Por isso estamos aqui na luta", disse.
Em outro vídeo que ganhou força nas redes sociais, um grupo de mulheres, bastante emocionadas, pede o retorno de Evo Morales. "Volte, Evo!", gritam.
https://twitter.com/Marco_Teruggi/status/1194312582259265543
https://twitter.com/ErikaOSanoja/status/1194339563759472651
https://twitter.com/madeleintlSUR/status/1194341673054199808