Biden rompe com Brasil em ofensiva antiaborto e pede retorno de pautas de gênero na OMS

Porta-voz do governo norte-americano disse que a Casa Branca voltará a defender temas como saúde reprodutiva e direitos sexuais na organização

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O governo de Joe Biden rompeu com a aliança que os Estados Unidos tinham com o Brasil em uma ofensiva antiaborto e passará a defender pautas de gênero na Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo informações de Jamil Chade, no UOL, o imunologista norte-americano Anthony Fauci falou na OMS em nome do governo Biden, na manhã desta quinta-feira (21), e disse que a Casa Branca passará a defender que temas como saúde reprodutiva e direitos sexuais voltem para a agenda global.

Além disso, ele assegurou que a administração Biden irá defender políticas para garantir um maior acesso à saúde para mulheres e meninas.

"Será nossa política apoiar a saúde sexual e reprodutiva de mulheres e meninas e os direitos reprodutivos nos Estados Unidos, assim como a nível global. Para isso, o presidente Biden revogará a Política da Cidade do México nos próximos dias, como parte de seu compromisso mais amplo de proteger a saúde das mulheres e promover a igualdade de gênero em casa e no mundo inteiro", disse o representante americano.

A postura do novo governo norte-americano marca uma ruptura com a gestão de Donald Trump, que junto com o Brasil e outros 30 países, vetava o debate dessas pautas na organização. O argumento é que existiria uma manobra nas entidades internacionais para tentar legitimar o aborto.

Os países afirmam ainda que "em nenhum caso o aborto deve ser promovido como método de planejamento familiar " e que "quaisquer medidas ou mudanças relacionadas ao aborto dentro do sistema de saúde só podem ser determinadas em nível nacional ou local de acordo com o processo legislativo nacional".