Bolívia define 6 de setembro como nova data para as eleições presidenciais

Tribunal Eleitoral definiu terceira data para o pleito, depois dos dois adiamentos realizados por Jeanine Áñez, ditadora que assumiu o poder no país com o apoio dos militares, após o golpe de Estado de novembro de 2019

A ditadora boliviana Jeanine Áñez (foto: La Información)
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O presidente do TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) da Bolívia, Salvador Romero, anunciou nesta terça-feira (2) que o dia 6 de setembro será a nova data para a realização das eleições presidenciais no país.

Segundo a autoridade imposta pela ditadura boliviana, a nova data surgiu de um consenso multipartidário que teria incluído a oposição, e que é apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e por observadores da União Europeia e da Igreja Católica.

Esta é a terceira data diferente estipulada para as novas eleições no país depois do golpe de Estado civil-militar sofrido pelo ex-presidente Evo Morales no dia 10 de novembro de 2019, e que levou a ditadora Jeanine Áñez ao poder.

Quando assumiu, Áñez prometeu que realizaria as eleições em 23 de fevereiro, e que ela mesma não seria candidata, apenas cumpriria um mandato transitório. Porém, em janeiro, ela mudou de ideia, adiou a eleição para o dia 3 de maio, e anunciou que seria candidata. Porém, com a pandemia do coronavírus, a eleição teve que ser adiada novamente.

Porém, também é importante lembrar que este processo eleitoral acontece quase um ano depois da eleição ocorrida no dia 10 de outubro de 2019, na qual Evo Morales foi eleito no primeiro turno, porém acabou sendo invalidade depois que os movimentos golpistas alegaram que houve fraude no processo – situação que foi desmentida por todos os observadores internacionais do processo, menos a OEA (Organização dos Estados Americanos).