Bolsonaro de fora? ONU exigirá comprovante de vacinação na Assembleia Geral

Presidente, que afirma que será o último brasileiro a se imunizar, também pode ter circulação restrita em Nova York devido às regras sanitárias da cidade

Jair Bolsonaro em discurso na ONU (Foto: Alan Santos/PR)
Escrito en GLOBAL el

A Organização das Nações Unidas (ONU) exigirá comprovante de vacinação contra a Covid de todos os participantes da 76ª Assembleia-Geral que acessarão o prédio da entidade. O encontro terá início na próxima semana.

A medida foi anunciada através carta enviada às delegações dos países participantes nesta terça-feira (14) por Abdulla Shahid, atual presidente da Assembleia-Geral. Shahid anexou, no documento, correspondências da prefeitura de Nova York, onde será realizado o encontro, informando que o comprovante de vacinação é exigido para eventos em locais fechados, como é o caso da assembleia da ONU.

A decisão de exigir vacinação dos participantes pode colocar a ida de Jair Bolsonaro à assembleia em risco. Isso porque o mandatário brasileiro, que fará o discurso de abertura do encontro, conforme a tradição, ainda não se vacinou.

Além de atrasar a compra de vacinas e colocar em xeque a eficácia dos imunizantes, o presidente afirmou, em mais de uma ocasião, que seria o último brasileiro vacinado.

A carta do presidente da Assembleia-Geral da ONU não deixa claro se o comprovante será exigido também a chefes de Estado, mas diplomatas brasileiros dizem que não e que, por isso, Bolsonaro não teria problemas em participar do encontro. Além disso, a prefeitura de Nova York informou que disponibilizará testes de Covid e vacinas para os participantes da assembleia que queiram se imunizar.

Mesmo que possa entrar no prédio da ONU, Bolsonaro, no entanto, deve passar por constrangimentos, visto que ele é um chefe de Estado que decidiu não se imunizar e estará participando do maior evento de uma entidade que incentiva e apoia a vacinação.

Além disso, a gestão municipal da cidade exige comprovante de vacinação para as pessoas acessarem locais fechados, como bares e restaurantes. Neste ponto, o presidente brasileiro pode também ter problemas para circular pela metrópole estadunidense.