Bolsonaro sai pelos fundos da embaixada com seguidores e não vai a reunião do G20

Encontro na Fontana de Trevi reuniu chefes de Estado e de governo que participam do G20. Presidente usou porta dos fundos do palácio da Piazza Navona onde fica representação diplomática brasileira para passear com bolsonaristas organizados pelo WhatsApp

Foto: Redes sociais
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O presidente Jair Bolsonaro não foi à reunião de encerramento do G20 com os chefes de Estado e de governo das maiores economias do planeta, em frente à Fontana de Trevi, o suntuoso monumento onde turistas jogam moedas para fazer pedidos, em Roma, na Itália.

O líder de extrema direita saiu pela porta dos fundos da embaixada brasileira na Cidade Eterna, que ocupa o Palácio Pamphilj, na Piazza Navona, e é a representação diplomática mais luxuosa da Itália, o que mostra o tamanho do prestígio histórico do Brasil no campo das relações internacionais.

A saída às escondidas e a ausência no encontro com os líderes estrangeiros foi para fazer uma caminhada com aproximadamente 25 apoiadores fanáticos que se organizaram via WhatsApp para encontrar o mandatário extremista.

Após ser notícia no mundo por seu isolamento e pelos protestos generalizados de que foi alvo durante a cúpula de governantes, Jair Bolsonaro encerra sua "participação" no encontro sem ter realizado nenhuma reunião bilateral com seus homólogos estrangeiros, preferindo visitar uma loja de salames e passear pelas ruas romanas cercado por um séquito formado por guarda-costas, ministros, diplomatas e fanáticos admiradores.

Ignorado por quase todos os chefes de Estado e de governo e isolado no centro de convenções superprotegido onde ocorreram os atos oficiais, Bolsonaro não recebeu um aperto de mão do anfitrião, o primeiro-ministro italiano Mario Draghi, que o fez com todos os demais líderes, e mentiu ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan, dizendo ter "alta popularidade" no Brasil e que "a economia vai bem e em recuperação".

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