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A revista britânica "The Economist" traz na capa desta semana, publicada nesta quinta-feira (20), o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e na manchete diz que ele é uma ameaça, não só para o país, mas para toda a América Latina.
Em reportagem, a revista analisa o momento atual do Brasil e afirma que "a economia é um desastre, as finanças públicas estão sob pressão e a política está completamente podre".
Além de comparar Bolsonaro ao presidente americano Donald Trump, a revista ainda afirma que, "se a vitória for para Bolsonaro, um populista de direita, o Brasil corre o risco de tornar tudo pior".
Trechos da reportagem
"Os populistas recorrem a queixas semelhantes. Economia fracassada é uma delas --e no Brasil a falha foi catastrófica. Na pior recessão de sua história, o PIB encolheu 10% entre 2014 e 2016 e ainda não se recuperou. A taxa de desemprego é de 12%", escreveu a revista.
Bolsonaro é chamado de "xerife sem noção" pela revista.
Sobre Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro, a revista lembra que ele estudou nos Estados Unidos. "Ele [Guedes] defende a privatização de todas as empresas estatais brasileiras e a simplificação brutal dos impostos", afirma o texto.
As falas polêmicas de Bolsonaro também foram citadas pela publicação. "Ele tem uma longa história de ser grosseiramente ofensivo. Disse que não iria violentar uma congressista porque ela era 'muito feia' e que preferiria um filho morto a um gay".
Ainda segundo a revista, Bolsonaro tem uma "preocupante admiração pela ditadura" e o compara ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet [1915-2006] por misturar autoritarismo e liberalismo econômico.
"Ele pode não ser capaz de converter seu populismo em ditadura ao estilo de Pinochet, mesmo que quisesse. Mas a democracia do Brasil ainda é jovem. Até mesmo um flerte com autoritarismo é preocupante", diz.