Caso de professor decapitado gera polêmica sobre suposto “atentado terrorista” na França

Até o presidente Emmanuel Macron classificou o ataque como obra de um “terrorista islâmico”. Principal suspeito teria sido assassinado pela polícia: se trata de um argelino, pai de um dos alunos da vítima

O presidente francês, Emmanuel Macron - Foto: ReproduçãoCréditos: Reprodução de Vídeo
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Um crime bárbaro sacudiu a França nesta sexta-feira (16). Um professor teve seu corpo encontrado morto e sem cabeça, na comuna de Conflans-Sainte-Honorine, localizada nos subúrbios do noroeste de Paris.

O caso comoveu tanto o país que o presidente Emmanuel Macron foi até o colégio Bois d'Aulne, onde a vítima trabalhava, para se solidarizar com a instituição e a comunidade escolar. A identidade do professor vem sendo preservada pela imprensa francesa, supostamente a pedido da família, mas o mandatário o descreveu como “um mestre que ensinava a liberdade de expressão, e por isso foi assassinado”.

“Um dos nossos concidadãos foi assassinado hoje porque ensinava aos alunos a liberdade de expressão, a liberdade de acreditar e não acreditar, e por isso foi vítima do obscurantismo e da violência, de um ataque terrorista islâmico”, comentou o presidente francês.

A polícia francesa afirma ter matado a tiros o autor do crime, embora alguns meios considerem essa pessoa – cuja identidade tampouco foi revelada – apenas como um suspeito. Se trata de um cidadão de nacionalidade argelina, pai de um dos alunos da vítima.

O autor do crime teria atacado como reação a uma aula na que o professor supostamente mostrava desenhos satíricos do profeta Maomé, que o suspeito considerava uma blasfêmia. Além disso, a polícia garante ter testemunhas que ouviram gritos de “Allah akbar” (“Deus é grande”, em árabe) na hora do ataque.