Chanceler sírio: “Estamos dispostos a anunciar onde se encontram as armas químicas”

Se confirmada, medida será uma vitória russa, e pode evitar um ataque militar dos EUA

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Se confirmada, medida será uma vitória russa, e pode evitar um ataque militar dos EUA Por Redação [caption id="attachment_30742" align="alignleft" width="300"] Veículos bombardeados em Aleppo, na Síria (Reprodução)[/caption] O governo sírio parece estar recuando para evitar um possível ataque norte-americano em seu território. Segundo o ministro de Relações Exteriores do país, Walid Al-Moualem, o governo de Bashar Al Saad concordou em “anunciar onde se encontram as armas químicas, cessar a produção e mostrar as instalações aos representantes da Rússia e de outros países e da ONU". A entrevista foi concedida à agência russa Interfax, nesta terça-feira (10). A medida, se confirmada, é uma vitória do governo russo. Moscou foi quem costurou o acordo e sugeriu que o governo de Assad entregasse as armas em troca de um recuo nas ameaças de operações militares. De acordo com o chanceler sírio, a Síria entendeu que, ao aceitar a proposta russa, o país vai “retirar os fundamentos para uma agressão norte-americana.” "Queremos nos unir à Convenção para a Proibição das Armas Químicas. Vamos respeitar nossos compromissos dentro desta Convenção, incluindo a divulgação de informações sobre estas armas", afirmou Moualem. Os EUA acusam o governo da Síria de ter utilizado armas químicas no último dia 21 de agosto, em um ataque contra opositores que matou 1.429 civis. Por esse motivo, Barack Obama estuda um ataque ao território do país, se utilizando das mesmas justificativas de seu antecessor George W. Bush, quando invadiu o Iraque, em 2003. Bashar Al-Assad, por sua vez, nega envolvimento com o massacre de Damasco, mas segue pressionado pela comunidade internacional pelos 30 meses de guerra civil na Síria, que já matou mais de 115 mil pessoas. Leia também: Xeque ao rei da guerra Ataque iminente dos EUA à Siria – Sobre os atos e omissões de Obama e suas consequências na Palestina Síria e a obscenidade moral Dez anos após invasão ao Iraque, EUA ameaçam Síria com a mesma justificativa