Checagem de porta em porta é uma das estratégias de Cuba para conter Covid

O país caribenho de 11 milhões de habitantes registra 300 mortes pela doença

Foto: Miguel Febles Hernández/Granma
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Com apenas 300 mortes provocadas pela Covid-19 desde o início da pandemia em sua população de mais de 11 milhões de habitantes, Cuba é tida como um dos exemplos a serem seguidos no combate à doença. Além do monitoramento rigoroso de viajantes, o país caribenho faz um acompanhamento da própria população, de casa em casa.

Esse método, chamado de pesquisa ativa, é apontado pelas autoridades de saúde locais como um dos trunfos do sistema cubano no enfrentamento da pandemia.

"Sem dúvida, a pesquisa ativa distingue o sistema de saúde cubano. Não quer dizer que outras geografias não a usem, mas como a detecção precoce e a prevenção são características da nossa Medicina de Família, a epidemia nos encontrou preparados para controlá-la", disse Anay Montalvo Ibarra, diretora da divisão de Saúde de Cienfuegos, ao Granma.

“Para se ter uma ideia, só na jurisdição de uma das clínicas há 92 locadoras e que fazem uma vigilância epidemiológica rigorosa", afirmou ainda Miriam Pellón Rodríguez, vice-diretora de Assistência Médica de uma região de Cienfuegos.

Desde março, o país conta com a adesão de estudantes de cursos da área de Saúde para ajudar nesta missão de monitoramento da população.

Segundo dados oficiais, Cuba possui 45.361 infectados e 300 óbitos. A mortalidade por Covid no país caribenho é de algo em torno de 2.6 por 100 mil, enquanto no Brasil - que se aproxima de 250 mil vítimas fatais - esse número chega a 117,3 por 100 mil.