A China acredita que as negociações são a única saída para a questão ucraniana, pede um cessar-fogo e apoia o diálogo direto entre a Rússia e a Ucrânia. A declaração sobre o posicionamento chinês foi feita pelo conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores Wang Yi.
O ministro falou sobre o tema durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (31) em Tunxi, província de Anhui, leste da China. Ele fez as observações após a terceira reunião de ministros das Relações Exteriores entre os países vizinhos do Afeganistão. O encontro foi o primeiro diálogo dos chanceleres dos países vizinhos do Afeganistão e o governo interino afegão.
"A postura da China é consistente. Ao lidar com todas as questões polêmicas, a China está do lado da paz, do diálogo e da justiça."
Conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores Wang Yi
Wang frisou que a China defende os direitos e interesses legítimos de todos os países e se opõe firmemente às sanções unilaterais que não têm base no direito internacional. O gigante asiático pede a proteção das cadeias industriais e de suprimentos internacionais e que sejam evitadas medidas que prejudiquem o comércio normal e as trocas econômicas entre os países e a vida das pessoas.
A China desempenhou um papel responsável e construtivo na questão da Ucrânia, disse o conselheiro. Ele reiterou que Pequim defende o respeito pelos propósitos e princípios da Carta da ONU, pela soberania e integridade territorial de todos os países e se opõe a colocar os países de pequeno e médio porte na linha de frente da competição geopolítica.
O chanceler ressaltou que o governo chinês defende a segurança comum, cooperativa, abrangente e sustentável. Além do respeito e a acomodação das preocupações legítimas e razoáveis ??de todas as partes, acrescentou.
Ele também enfatizou a importância de manter a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico, dizendo que a China adere à diplomacia da vizinhança de amizade, sinceridade, benefício mútuo e inclusão.
A China continuará a desempenhar um papel construtivo na promoção das negociações de paz e na salvaguarda do desenvolvimento pacífico, disse ele.
Negociações - Russos e ucranianos iniciaram nesta sexta-feira (1o) negociações de paz on-line após a última rodada de negociações presenciais na Turquia.
Vladimir Mezinsky, chefe da delegação russa, postou duas fotos mostrando a reunião em andamento, dizendo que a posição da Rússia sobre a Crimeia e Donbas não mudou.
O gabinete presidencial da Ucrânia também confirmou que os dois lados retomaram as negociações nesta sexta-feira em formato online, mas sem fornecer mais detalhes.
As delegações russa e ucraniana conversaram na Turquia na terça-feira (29), após o que o negociador ucraniano Mykhailo Podolyak disse que se sentia "positivo".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta sexta que Moscou estava preparando sua resposta às propostas ucranianas nas negociações de terça-feira.
Xangai anuncia medidas para ajudar empresas afetadas por Covid-19
O centro econômico da China, Xangai, anunciou medidas para ajudar as empresas afetadas pela Covid-19 a superarem as dificuldades da pandemia. Entre elas, descontos fiscais voltados para negócios com escassez de fundos operacionais.
Graças às medidas anunciadas, as pequenas e microempresas e as empresas por conta própria de todos os setores poderão ficar isentas de parte das suas rendas em 2022. Ao prestar o apoio, a prioridade foi dada ao varejo, catering e outros setores que foram duramente atingidos pelo último ressurgimento.
"No ano passado, mais de 3.000 empresas em Xangai tiveram descontos fiscais, e esse número deve chegar a 250.000 este ano", informou o vice-chefe do serviço fiscal municipal de Xangai, Pang Wei em conversa com a imprensa na última terça-feira (29).
Estimativas preliminares mostram que apenas as medidas relacionadas a impostos podem reduzir a carga sobre indústrias e empresas relacionadas em cerca de 140 bilhões de yuans (US$ 22 bilhões) em 2022.
"A introdução das medidas visa implementar totalmente as políticas relevantes da China para ajudar as empresas atingidas pela pandemia. As medidas também visam fornecer um apoio mais forte às pessoas afetadas pelo mais recente ressurgimento do vírus em Xanghai", comentou o vice-diretor da Comissão Municipal do Desenvolvimento e Reforma de Xangai, Ruan Qing.
Economia digital cria novas carreiras e empregos na China
A economia digital em desenvolvimento tem criado cada vez mais novas carreiras, impulsionando o emprego na China. De acordo com o Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social da China, a economia digital é um setor com perspectivas otimistas. Entre as 56 carreiras recém-reconhecidas nos últimos três anos, mais de 20 estão relacionadas a este segmento, informou o órgão.
"As novas tecnologias digitais, como big data e Inteligência Artificial (IA), trouxeram mudanças nas formas de organização, operação e produção de nossa sociedade, que reduziram bastante os custos de transação e permitiram uma rápida adequação entre consumo e demanda. Nasce a divisão social do trabalho", observou o diretor do centro de pesquisa sobre novos padrões de emprego na China da Universidade Capital de Economia e Negócios, Zhang Chenggang.
Dados da Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicação (CAICT) apontam que a economia digital da China representou 14,2% do PIB em 2005, e a proporção aumentou para 38,6% em 2020. A estimativa é de que em 2025, o número de empregos gerados pela economia digital chegará a 379 milhões.
Em Guangshan, um condado da província de Henan, no centro da China, a economia digital criou centenas de oportunidades de emprego para os moradores locais em um parque industrial.
Uma empresa local de internet construiu uma equipe de mais de 500 treinadores de Inteligência Artificial (IA), também chamados de anotadores de dados, desde 2018, que deve expandir para 1.000 funcionários este ano.
Esse novo profissional é responsável por categorizar e rotular dados para aplicativos de IA e pode trabalhar em qualquer lugar e a qualquer hora com apenas um computador e uma conexão de rede.
"Coletamos os dados desorganizados de que precisamos. Por meio de anotadores de dados, equipes de anotação de dados e várias ferramentas, os processamos em um tipo de dado que as máquinas podem reconhecer, ler e marcar", explicou o gerente de projetos da empresa, Pan Lunfeng.
Indústria de fabricação de eletrônicos da China registra crescimento no primeiro bimestre
A indústria de fabricação de informações eletrônicas da China manteve uma expansão constante durante os dois primeiros meses de 2022, de acordo com um relatório da Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicações.
De janeiro a fevereiro, o valor agregado dos principais fabricantes de informações eletrônicas aumentou 12,7% ano a ano, em comparação com a taxa de crescimento de 7,5% observada no setor industrial geral, informou o documento, acrescentando que a indústria contribuiu enormemente para o crescimento industrial do país.
No período de dois meses, a taxa de crescimento do investimento em ativos fixos na indústria de manufatura de informações eletrônicas foi de 35,1%, 15,3 pontos percentuais acima do montante de investimento em ativos fixos em todo o setor.
As exportações de produtos eletrônicos da China aumentaram 11,4% ano a ano no período de dois meses. Devido à alta base de comparação do ano passado, a taxa de crescimento foi 5,5 pontos porcentuais inferior à média industrial nacional, segundo o relatório.
