CHINA EM FOCO

Em mais uma provocação contra a China, grupo de parlamentares dos EUA visita Taiwan

Após 12 dias da visita da presidenta da Câmara, Nancy Pelosi, outra delegação de legisladores estadunidenses chega ao território insular chinês

Créditos: Global Times - Ilustração de Chen Xia
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Apenas 12 dias após a presidenta da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitar Taiwan, uma delegação de legisladores estadunidenses chegou à ilha neste domingo (14). Pequim considera a atitude mais uma provocação que interdita o fim das tensões na região. 

A reação da diplomacia chinesa foi imediata. No mesmo dia da chegada dos legisladores ao território insular, o porta-voz da Embaixada da China nos EUA, Liu Pengyu, reiterou que Pequim se opõe a qualquer tipo de vínculo oficial entre os EUA e a região de Taiwan e tomará contramedidas resolutas em resposta às provocações.

Em uma série de postagens no Twitter, Liu disse que a nova visita, de uma delegação bipartidária do Congresso dos EUA que voou para Taiwan no domingo, prova que os EUA não querem ver estabilidade no Estreito de Taiwan e não poupou esforços para provocar um confronto entre os dois lados e interferir nos assuntos internos da China.

"A responsabilidade pela atual tensão no Estreito de Taiwan é inteiramente do lado dos EUA, que deve arcar com todas as consequências causadas pela visita de legisladores relevantes a Taiwan", escreveu o porta-voz. 

"Os membros do Congresso dos EUA devem agir em consistência com a política de uma só China do governo dos EUA", ressaltou Liu.

Nesta segunda-feira (15), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, alertou que a China vai adotar medidas fortes para salvaguardar a soberania e a integridade territorial após a visita da delegação estadunidense a Taiwan neste domingo.

A delegação dos EUA tem cinco integrantes e é liderada pelo senador democrata Edward J. Markey, de Massachusetts, e realizada uma viagem à à Ásia.

Markey é um contumaz crítico da China e reiteradamente repreende o país asiático sobre questões relacionadas aos direitos humanos. Em 2020, por exemplo, ele co-introduziu uma resolução bipartidária com o senador Rick Scott na qual pediu ao Comitê Olímpico Internacional para que retirasse os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 da China.

"Os legisladores dos EUA liderados pelo senador Ed Markey se superestimaram e tentaram desafiar o princípio de "Uma só China'", observou Wang. Ele afirmou ainda que essas tentativas estão "destinadas ao fracasso".

China responde às ofertas do santuário Yasukuni do primeiro-ministro japonês

A Embaixada da China no Japão apresentou representações sérias ao Japão depois que autoridades japonesas, incluindo o primeiro-ministro, Fumio Kishida, enviaram oferendas ao Santuário Yasukuni, que homenageia 14 criminosos de guerra japoneses Classe A condenados da Segunda Guerra Mundial.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (15), a embaixada chinesa no Japão  instou o governo japonês a refletir sinceramente sobre a própria história de agressão e romper com o militarismo. "O lado chinês está insatisfeito com este delito e se opõe firmemente a ele, e já fez sérias representações ao lado japonês", disse a embaixada.

Produção industrial da China cresce 3,8% em julho

A produção industrial de valor agregado da China, um importante indicador econômico, subiu 3,8% ano a ano em julho. Os dados foram divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, da sigla em inglês) nesta segunda-feira (15).

Nova Rota da Seda: exposição internacional impulsiona aprofundamento da cooperação proposta pela iniciativa chinesa

Xinhua - Visitantes visitam estande do Uzbequistão durante a Sexta Exposição Internacional da Rota da Seda (14/8/22) 

A Sexta Exposição Internacional da Rota da Seda foi aberta neste domingo (14) e segue até o dia 18, em Xi'an, capital da província de Shaanxi, noroeste da China. No topo da agenda, o impulso pelo aprofundamento da cooperação da iniciativa Cinturão e Rota.

O tema central do evento é o fortalecimento da interconectividade e integração para o progresso comum, benefícios compartilhados e resultados em que todos ganham. A exposição conta com a participação de mais de 70 países e regiões, entre eles Coreia do Sul,  Tailândia, Singapura e Uzbequistão, que é o convidado de honra.

Ao longo dos cinco dias, serão realizados reuniões e fóruns para abordar tópicos como cooperação econômica e comercial regional da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, da sigla em inglês).

O RCEP é um tratado de livre-comércio entre os dez estados membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean): Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã e cinco dos parceiros da Área de Livre Comércio (ALC) da Asean - China, Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul.

A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pela China em 2013, visa construir redes de comércio e infraestrutura conectando a Ásia com a Europa e além ao longo das antigas rotas comerciais da Rota da Seda para desenvolvimento e prosperidade comuns.

Os últimos nove anos testemunharam um progresso substancial no comércio e no investimento sob a iniciativa.

De 2013 a 2021, o volume total do comércio de mercadorias entre a China e os países do Cinturão e Rota foi de quase 11 trilhões de dólares, enquanto o investimento bidirecional ultrapassou 230 bilhões de dólares.

Até o final de 2021, a China construiu 79 zonas para cooperação econômica e comercial em 24 países ao longo do Cinturão e Rota, investiu 43 bilhões de dólares e criou 346 mil empregos locais.

Graduados em ciências superam artes liberais nas universidades chinesas

As principais escolhas dos chineses que ingressam nas universidades atualmente são os cursos de engenharia e ciências. Há dez anos esse cenário era diferente, com os cursos de artes liberais - com currículos que abrangem uma variedade de tópicos em um campo relacionado à arte, como escrita, pintura, história da arte, história ou antropologia - sendo a proposta quente dos calouros da China. 

A mudança ocorreu desde que o gigante asiático passou a se concentrar no crescimento impulsionado por avanços tecnológicos e fabricação de alta qualidade. A inteligência artificial (IA)agora lidera a lista dos cursos mais populares entre os novos alunos de graduação pelo terceiro ano consecutivo. 

Os dados são de um relatório divulgado pela gigante de tecnologia Baidu e pelo portal de educação EOL.

Outros cursos populares este ano incluem big data, engenharia mecânica e engenharia elétrica. A medicina também está em alta demanda nos últimos dois anos devido ao aumento da conscientização sobre a saúde pública como resultado da pandemia da Covid-19.

Em 2013, os cinco principais cursos eram todas as artes liberais – gestão financeira, marketing, inglês, gestão de negócios e direito. O principal e-commerce também chegou ao top cinco entre 2014 e 2020, mas caiu em 2021.

A popularidade da engenharia se refletiu no reajuste anual dos cursos universitários pelo Ministério da Educação. Muitos cursos de engenharia estão associados a termos como "inteligente" , tendo em mente a inovação tecnológica e científica.

O relatório adicionou 31 novos cursos de graduação no ano passado, 14 dos quais em engenharia. Da mesma forma, 14 dos 30 novos cursos adicionados em 2020 também foram em engenharia.

Desde que o ministério aprovou o estabelecimento de cursos de graduação relacionados à IA em 2018, 440 universidades agora os oferecem. Quando 180 universidades criaram cursos de IA em 2019, tornou-se o principal novo curso do ano.

Descobertas arqueológicas enriquecem a cultura do Grande Canal

Wikimedia Commons - O Grande Canal em seu terminal norte em Houhai, em Pequim.

Grandes trabalhos de escavação arqueológica foram realizados ao longo da seção de Pequim do Grande Canal para a proteção abrangente de locais culturais ao longo da hidrovia artificial mais longa do mundo.

Com uma história de mais de 2 mil e 500 anos, o Grande Canal liga Pequim e Hangzhou, na província de Zhejiang, leste da China. A via serviu como uma importante artéria de transporte na China antiga. Um trecho de mais de mil km do canal foi declarado patrimônio mundial em 2014.

O diretor do Departamento Municipal de Patrimônio Cultural de Pequim, Chen Mingjie,  informou que deste mês que uma série de novas descobertas arqueológicas enriqueceram a cultura do Grande Canal.

Desde 2021, o escritório iniciou 102 projetos de escavação arqueológica ao longo da seção de Pequim do Grande Canal, cobrindo uma área de cerca de 100 mil metros quadrados, a fim de esclarecer a distribuição espacial e status.

"O trabalho arqueológico na antiga cidade de Luxian, que remonta à dinastia Han (202 a.C.-220 d.C.) esclareceu o status de seu portão sul, onde os arqueólogos encontraram pedaços de madeira e bambu da dinastia Han oriental (25-220), representando a primeira dessas descobertas em Pequim", destacou Chen.

No ano passado, um total de 126 projetos de proteção de relíquias culturais foram realizados em sete distritos ao longo da seção de Pequim do Grande Canal, acrescentou Chen.

Um parque público será aberto na nascente do Grande Canal em outubro, onde a restauração cultural, proteção, digitalização e gerenciamento de arquivos foram realizados para melhor proteger as relíquias culturais.

A realocação de habitantes na área planejada do parque foi concluída, informou Chen. Ele acrescentou que o trabalho arqueológico ajudou a verificar 88 pontes antigas com funções de tráfego ao longo da seção de Pequim do canal.

O distrito de Tongzhou, em Pequim, serve como o extremo norte do Grande Canal Pequim-Hangzhou, de onde os grãos eram enviados para a capital imperial da China nos tempos antigos.

Em junho de 2021, a seção de Pequim do Grande Canal e a seção de Langfang em Hebei foram abertas ao turismo ao mesmo tempo. Esta foi a primeira vez que Pequim lançou uma hidrovia interprovincial e transporte hidroviário interprovincial para o turismo.

Com informações da Xinhua, CGTN e China Daily