CHINA EM FOCO

Xi Jinping enfatiza papel da inovação científica e tecnológica

Presidente da China ressaltou o papel-chave da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento do país

Créditos: Xinhua - Presidente da China, Xi Jinping, visita a cidade de Shenyang, província de Liaoning, nordeste da China (17/8/22)
Escrito en GLOBAL el

O presidente chinês Xi Jinping defende que a China trilhe o caminho da autossuficiência e inovação para construir de forma abrangente um país socialista moderno. Ele pediu esforços para resolver os problemas tecnológicos críticos que impedem o desenvolvimento da nação e "tomar as tecnologias centrais em campos-chave e fabricação de equipamentos em nossas próprias mãos".

Xi fez as declarações durante uma visita à província de Liaoning, nordeste da China, e esteve nas cidades de Jinzhou na terça (16) e Shenyang, capital da província, na quarta-feira (17, onde visitou a Siasun Robot and Automation.

Na fábrica ele foi apresentado aos esforços locais para promover a inovação científica e tecnológica. Ele destacou a importância da autoconfiança científica e tecnológica e da inovação no apoio ao desenvolvimento sustentado da China e reiterou a abertura do país, apesar da tendência em alguns países contra a globalização econômica e a crescente onda de protecionismo.

Xi, que é secretário-geral do Partido Comunista da China (PCCh), comentou que o Comitê Central do partido atribui grande importância à autoconfiança e inovação tecnológica e enfatiza a promoção do ambiente para a inovação na promoção da estratégia de desenvolvimento orientada para a inovação.

"Apesar da reação contra a globalização e o crescente protecionismo, a China continuará mantendo sua porta aberta para o desenvolvimento."
Presidente da República Popular da China, Xi Jinping

O presidente chinês afirmou ainda que o desenvolvimento do país dependerá dos próprios passos substanciais e concretos e, enquanto isso, aderirá à abertura e inclusão para o desenvolvimento mútuo, benefícios e resultados ganha-ganha.

Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China, inspeciona a cidade de Shenyang, província de Liaoning, nordeste da China, em 17 de agosto de 2022. [Foto/Xinhua]

Empresas chinesas confiantes em alcançar a autossuficiência de chips

Reprodução internet - Produção de semicondutores é a nova fronteira da tecnologia.

A produção de semicondutores é uma habilidade-chave para a Era da Informação. Para participar da nova corrida tecnológica, as nações têm disputado de forma acirrada o desenvolvimento de fabricantes de dispositivos integrados (IDM). 

A disputa entre Estados Unidos, China, União Europeia (UE) e outros países do Leste Asiático, como o Japão e Coreia do Sul, para reforçar as capacidades de semicondutores tornou-se cada vez mais acirrada. Após uma escassez global de chips e em meio a uma economia pós-pandemia, a escassez agora se espalha para automóveis, smartphones e telas e coloca a produção de semicondutores no topo das agendas de Washington, Bruxelas, Pequim, Seul e Tóquio.

Em meio a essa disputa, recentemente os EUA anunciaram medidas - a CHIPS e a Science Act - com investimento de US$ 280 bilhões para, entre outros objetivos,  aumentar a produção de semicondutores fabricados no país. Desse total, US$ 52 bilhões são destinados à fabricação própria de semicondutores.

A UE delineou um pacote de € 43 bilhões (US$ 49 bilhões) de financiamento público e privado para o setor em fevereiro. O governo japonês aprovou investimentos totalizando 774 bilhões de ienes (US$ 6,8 bilhões) para a indústria doméstica de chips. A Coreia do Sul pretende atrair cerca de US$ 450 bilhões em investimentos privados para construir a maior base de fabricação de chips do mundo na próxima década.

Por enquanto, a maioria dos fabricantes de chips que se qualificam como IDMs estão nos EUA, na UE e no leste da Ásia, mas a China precisa e tem potencial para incubar mais deles. Há, no entanto, obstáculos a serem superados. Entre eles a proibição anunciada pelo governo estadunidense de exportações do software EDA para a China. 

O EDA é uma ferramenta de análise de software crucial usada por designers de chips em toda a cadeia de chips semicondutores. É a tecnologia de semicondutor de próxima geração que pode ajudar os chips a alcançar uma frequência mais alta e menor consumo de energia.

Se por um lado a proibição da China de importar EDA dos EUA pode ter um efeito de curto prazo na produção chinesa de chips avançados, por outro pode servir de estímulo para que o país asiático invista na autossuficiência para a produção dessa tecnologia. 

A tendência é que a China invista cada vez mais em IDMs e impulsione o desenvolvimento de empresas de EDA. Esse cenário pode promover o avanço dos IDMs, o crescimento do talento de design de chips, a construção de instalações de fabricação próprias ou empresas de produção terceirizadas, com direitos de propriedade intelectual essenciais.

China cria grupo de trabalho para avançar em parcerias de economia digital

O Ministério do Comércio chinês anunciou nesta sexta-feira (19) que a China estabeleceu um grupo de trabalho para avançar nas negociações sobre a adesão ao Acordo de Parceria de Economia Digital (Depa), uma parceria internacional que estabelece abordagens e colaboração em questões de comércio digital.

China impulsiona empresas que lançam ações em bolsas de valores do exterior

CFP - Funcionários da Administração do Ciberespaço da China respondem a perguntas em entrevista coletiva em Pequim, China (19/8/22)

A Administração do Ciberespaço da China (CAC, da sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira (19) que o país continua apoiando empresas domésticas que buscam listagens no exterior, ou seja, lançam ações em bolsas de valores em países estrangeiros, em meio ao escrutínio regulatório das empresas de internet e tecnologia do país.

“Nós apoiamos e sempre apoiaremos as empresas domésticas que levantam fundos dos mercados de capitais estrangeiros de acordo com as leis e regulamentos”, esclareceu o  chefe do escritório de coordenação de segurança cibernética da CAC, Sun Weimin.

O anúncio foi feito um mês depois que a China encerrou uma investigação que durou um ano sobre a gigante de caronas DiDi Global por violar a privacidade do usuário. A empresa com sede em Pequim foi multada em 8,026 bilhões de yuans (US$ 1,19 bilhão) e o CEO, Cheng Wei, e o presidente, Liu Qing, foram multados em 1 milhão de yuans cada.

De acordo com o CAC, a DiDi processou ilegalmente uma enorme quantidade de mais de 64 bilhões de informações pessoais. O órgão de vigilância da segurança cibernética continuará a orientar a empresa a fazer o trabalho de retificação correspondente para eliminar os riscos de segurança ocultos, informou Sun.

“As empresas de plataforma online que detêm informações pessoais de mais de um milhão de usuários devem solicitar uma revisão de segurança cibernética antes de buscar ofertas públicas iniciais em um país estrangeiro”, enfatizou Sun, referindo-se às regras de revisão de segurança cibernética do país que entraram em vigor no dia 15 de fevereiro.

A revisão de segurança visa prevenir uma série de riscos à segurança nacional, incluindo infra-estrutura de informação chave sendo controlada ilegalmente e dados chave sendo usados ??maliciosamente por governos estrangeiros, de acordo com Sun.

Apoio chinês a intercâmbios de educação profissional com nações estrangeiras

O presidente chinês, Xi Jinping, em mensagem à Conferência Mundial de Desenvolvimento da Educação Profissional e Técnica, afirmou que a China apoia o intercâmbio e a cooperação no campo da educação profissional entre o país e nações estrangeiras. O evento é realizado no município de Tianjin, no norte da China, entre os dias 18 e 20 de agosto.

Dia do Médico na China: como a tecnologia ajuda médicos e pacientes

Reprodução internet - Hospital Universitário do Câncer de Pequim.

Nesta sexta-feira, 19 de agosto, a China celebra pelo quinto ano consecutivo o Dia dos Médicos. Assim como outros setores da sociedade, a medicina chinesa também tem avançado a passos largos no uso de tecnologia.

A presença dos avanços tecnológicos no dia a dia de médicos e pacientes pode ser observada, por exemplo, no Hospital Universitário do Câncer de Pequim. Desde 2015 a unidade de saúde realiza cirurgias robóticas, inovação que tem mudado a forma como as cirurgias são realizadas. Embora não substitua as cirurgias abertas e laparoscópicas, que seguem como opções nas salas de cirurgia.

Em junho de 2020 o hospital lançou outra inovação: a unidade na internet, que faz parte da assistência médica inteligente e desempenha um papel importante no atendimento aos pacientes que incluiram na rotina diagnóstico online, exames e entrega de medicamentos.

Em 15 de agosto de 2022, um total de 180 mil pacientes já haviam sido submetidos a diagnósticos e tratamentos online, metade deles fora de Pequim. O tratamento online representa 12% do volume total de pacientes ambulatoriais do hospital, o que significa que cerca de sete mil pessoas não precisam ir ao hospital todos os meses. 

Além da conveniência para o paciente, o modelo de tratamento online também reduz a pressão da prevenção e controle da epidemia da Covid-19. 

Segundo a Comissão Nacional de Saúde (CNS) da China, o modelo remoto de atendimento médico resultou na economia de 880 milhões de yuans (cerca de US$ 129 milhões). O órgão avalia que com o avanço profissional entre os trabalhadores médicos, a tecnologia médica e os níveis de serviço da China melhoraram rapidamente.

"A China pode fornecer tecnologia médica avançada, algumas das quais são líderes mundiais com inovação independente", observa o chefe da CNS, Jiao Yahui. Ele acrescentou que com o desenvolvimento da internet e diagnóstico e tratamento multidisciplinar, os serviços médicos são mais acessíveis e convenientes.

O número de médicos praticantes e médicos assistentes praticantes na China atingiu 4,29 milhões no final de 2021.

Com informações da Xinhua, China Daily e CGTN