Em uma decisão firme para proteger a segurança nacional e cumprir obrigações internacionais, a China implementou controles de exportação de elementos críticos de terras raras médias e pesadas, uma medida que, segundo analistas, pode redefinir o equilíbrio geopolítico em tecnologias avançadas de defesa.
As restrições, que entraram em vigor na última semana após o tarifaço de Donald Trump, visam recursos essenciais para a produção de sistemas militares de alto desempenho, incluindo o caça de sexta geração F-47 dos EUA, aeronave de defesa da Boeing tida como próximo passo na aviação estadunidense.
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O setor de defesa americano, altamente dependente das terras raras chinesas para sistemas de aviônica, revestimentos furtivos e radares, agora enfrenta obstáculos significativos.
Relatórios citados pelo chinês Global Times indicam que mais de 90% do processamento global de terras raras ocorre na China, com elementos como ítrio e disprósio sendo cruciais para revestimentos de motores a jato e armas de precisão.
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O programa F-47, anunciado como sucessor do F-22 Raptor, depende desses materiais, expondo vulnerabilidades na cadeia de suprimentos dos EUA e colocando um gosto amargo nas tarifas dos EUA. Mas não é só isso.
O Ministério do Comércio reiterou que as medidas visam proteger os interesses nacionais sem direcionar-se a países específicos, reforçando o compromisso da China com o comércio justo e a não proliferação.
Enquanto isso, os EUA correm para diversificar suas fontes de terras raras, como no acordo com a Ucrânia, mas ainda falta a capacidade de processá-los para utilização na economia interna, um investimento poderoso, arriscado e de longo prazo, em que a China está decisivamente avançada no comparativo com seus pares ocidentais.