Congressistas islâmicas dos EUA viram alvos de fake news propagadas pela extrema-direita de Israel

O grupo extremista ainda consegue monetizar as publicações, através de publicidade digital, e gerar receita com os ataques

Montagem
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A formação de "milícias virtuais" por parte da extrema-direita para atacar adversários não é uma estratégia exclusiva de políticos no Brasil. Duas congressistas muçulmanas dos Estados Unidos, Ilhan Omar e Rashida Tlaib, também tornaram-se alvo de uma complexa investida internacional que usa páginas israelenses de extrema-direita no Facebook para propagar discurso de ódio. A religião islâmica das congressistas é um dos alvos. Foi revelado pelo The Guardian que o grupo de Israel usa 21 páginas da rede social para produzir mais de mil postagens de notícias falsas por semana para mais de um milhão de seguidores em todo o mundo. Ainda, o grupo consegue monetizar as publicações, através de publicidade digital, e gerar receita com os ataques. Ilhan Omar, de Minnesota, e Rashida Tlaib, de Michigan, são as primeiras mulheres muçulmanas a assumir um cargo no Congresso dos EUA. Ambas foram escolhidas pelo grupo de extrema-direita como alvo dos ataques. De acordo com o The Guardian, Omar é o principal alvo. Ela foi mencionada em mais de 1.400 postagens desde que a rede começou, há dois anos. Tlaib foi mencionado quase 1.200 vezes. As duas são membros de um coletivo de mulheres progressistas negras conhecido como "the squad" (o esquadrão), que também inclui Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York, e Ayanna Pressley, de Massachusetts. Todas já sofreram ataques racistas de Donald Trump.