Conselheiro de Trump elogia Bolsonaro e "compromisso com mercado livre, aberto"

Usando a temática "anticomunista" da campanha do militar da reserva, John Bolton, conselheiro da Segurança Casa Branca, anunciou novas sanções à Cuba e Venezuela.

Bolsonaro em evento nos EUA (Foto: Reprodução)
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Em discurso em Miami em que atacou fortemente Venezuela, Nicarágua e Cuba - a "troica da tirania", segundo ele -, John Bolton , conselheiro da Segurança Nacional de Donald Trump, elogiou a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou que Brasil, México, Colômbia e Argentina "demonstram um crescente compromisso regional com os princípios do mercado livre, aberto e transparente e governança responsável". "Os Estados Unidos estão entusiasmados com a parceria com países como México, Colômbia, Brasil, Argentina e muitos outros para promover o estado de direito e aumentar a segurança e a prosperidade de nossos povos. As recentes eleições de líderes similares em países-chave, incluindo Iván Duque na Colômbia, e no último fim de semana Jair Bolsonaro no Brasil, são sinais positivos para o futuro da região", disse Bolton, representando a Casa Branca. O conselheiro falou ainda que Trump pretende confrontar os países com governos que não possuem boas relações com o governo estadunidense. "A troica da tirania neste hemisfério, Cuba, Venezuela e Nicarágua, finalmente encontrou quem a confronte", disse. Usando discurso repetido intensamente durante a campanha de Bolsonaro, Bolton disse que o "socialismo tem sido implementado de forma efetiva". "Esse triângulo de terror que se estende desde Havana para Caraca e Manágua, é a causa do imenso sofrimento humano, o ímpeto da enorme instabilidade regional e a gênese de um sórdido grau de comunismo no Hemisfério Ocidental". Em seu discurso, o conselheiro ainda anunciou a ampliação das sanções à Cuba, ampliando a lista de entidades cubanas que são proibidas de realizar transações financeiras com os EUA, e à Venezuela, que afetam diretamente a comercialização de ouro. "As novas sanções visarão redes que operam dentro de setores econômicos corruptos da Venezuela e lhes negam acesso à riqueza roubada. Mais imediatamente, as novas sanções impedirão que as pessoas dos EUA se envolvam com atores e redes cúmplices de transações corruptas ou enganosas no ouro venezuelano".