Conselho Latino-Americano de Justiça pede que Bolívia garanta saída do país dos ex-ministros que pediram asilo no México

De acordo com a Convenção do Asilo Diplomático, de 1954, as autoridades da Bolívia tem a obrigação de garantir a saída do país daqueles que o México considera estar em situação de urgência

Foto: Reprodução/Twitter
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O Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia (CLAJUD), ligado ao Grupo de Puebla, enviou uma carta nesta segunda-feira (18) à chancelaria da Bolívia, pedindo que as autoridades do país concedam salvo-conduto para os ex-ministros do governo do presidente Evo Morales que estão asilados na Embaixada do México, em La Paz, para que eles possam deixar o país em segurança e se refugiarem em solo mexicano. Entre os signatários estão Rigoberta Menchú, vencedora do prêmio Nobel da Paz; Ernesto Samper, ex-secretário Geral da UNASUL; Rafael Correa, ex-presidente do Equador; e Celso Amorim, ex-chanceler brasileiro. Em nota divulgada nesta tarde, o Grupo de Puebla anuncia o envio da mensagem do CLAJUD ao governo que tomou posse na Bolívia após o golpe de Estado contra o presidente Evo Morales. "As organizações e autoridades que assinam a nota nos dirigimos respeitosamente às autoridades bolivianas para manifestar nosso desacordo com o tratamento que está sendo dado na situação de asilo diploma?tico na qual se encontram vários membros do Executivo do ex-presidente, Evo Morales, na Embaixada do Me?xico em La Paz", diz. Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui. Urgência Na nota, é destacada a urgência da concessão do salvo-conduto pedido pelo México para essas pessoas e o fato de que a Bolívia não pode colocar esse assunto em questão devido ao que regulamente a Convenção do Asilo Diplomático. "As autoridades bolivianas devem proceder imediatamente a facilitação do salvo-conduto para que as pessoas que se encontram asiladas na missão diplomática mexicana possem deixar o país em condições de segurança até o país asilante", argumentam os signatários. Além dos juristas integrantes do conselho, assinam o texto: o ex-secretário Geral da UNASUL, Ernesto Samper; o ex-presidente Rafael Correa, do Equador; o ex-chanceler Celso Amorim; o ex-vice-secretário-geral da ONU, Pino Arlacchi; a vencedora do prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchú; o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro; o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da ONU, Leandro Despouy; e o jurista e professor brasileiro Pedro Serrano, entre outros. Confira a nota completa