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O surto de coronavírus que se espalha pelo mundo após deixar cidades inteiras isoladas na China pode provocar uma pandemia, afetando até 70% da população, segundo especialistas.
"Se ocorrer uma pandemia, é provável que entre 40% e 70% das pessoas no mundo estejam infectadas no próximo ano" disse o professor da Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard, Marc Lipsitch, ao jornal Wall Street Journal.
O número de mortes no mundo já alcançou 1.669, e há mais de 68.500 casos registrados, de acordo com o New York Times. Apenas na província chinesa de Hubei, onde se iniciou o surto, foram 139 mortes, das quais 100 ocorreram na cidade de Wuhan.
Neste sábado (15), o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que a epidemia ainda é uma preocupação na China e não se pode dizer para onde a doença vai se espalhar, mas que se sente encorajado pelas ações da China para desacelerar a disseminação.
Ainda no sábado, a França registrou o primeiro caso de morte pela doença fora da Ásia, e a infecção de uma passageira do cruzeiro que estava em quarentena e foi atracado no Camboja foi confirmada, após a sua chegada na Malásia.
Apesar do aumento contínuo dos casos e mortes, o ritmo de crescimento das infecções registradas desacelerou nos últimos três dias, e a taxa de mortalidade se mantém estável.
No entanto, é difícil dizer sobre o futuro da epidemia. "Infelizmente, acho que é provável que [o vírus] esteja ganhando força", diz Lipsitch. Ele comenta que há países que já deveriam ter registrado casos da doença mas não o comunicaram, como Indonésia e Camboja, e é possível que as infecções apenas não tenham sido detectadas.