Cristina Kirchner diz que pagar FMI não é prioridade

A vice-presidenta da Argentina questionou a motivação do FMI ao emprestar tanto dinheiro para o governo de Maurício Macri

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A vice-presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, deu uma declaração no último sábado (8) afirmando que o país não irá pagar a dívida com o Fundo Monetário Internacional até que saia da recessão. O ex-presidente Maurício Macri pegou empréstimos volumosos com o Fundo que não se reverteram em recuperação econômica.

Durante apresentação do seu livro Sinceramente na Feira Internacional do Livro, em Cuba, Cristina afirmou que só se sai de uma recessão com "um grande investimento por parte do Estado” e que, para isso, o pagamento das dívidas não podem ser vistos como prioridades.

Cristina pediu um "Nunca Mais" ao FMI - em referência ao grito de "Nunca Mais" à ditadura militar - e ainda criticou o montante obtido por Macri. Segundo a vice-presidenta, o FMI violou as próprias normas ao conceder ao país a quantia mais alta de sua história. "Foi outorgado violando o próprio estatuto do FMI", afirmou pontuando que o empréstimo gerou uma grande fuga de capitais e beneficiou principalmente os bancos.

“Aumentaram montantes, prazos, capitais. Tudo. É o maior endividamento da historia do país e foi executado pelos mesmos personagens de sempre. Por isso teria que haver um ponto de inflexão e entender como sociedade que não podemos voltar a isso", declarou.

"Temos que entender para que esse dinheiro foi emprestado a Argentina durante o governo de Mauricio Macri", disse ainda. "Por isso temos que investigar o que aconteceu nesses anos", completou.