Cuba reage a Trump: “governo desacreditado, desonesto e moralmente falido”

No apagar das luzes, Trump reclassificou a ilha como Estado patrocinador do terrorismo

Free image/Havana on Cuba
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Em seus últimos dias de atuação, o governo do presidente Donald Trump resolveu colocar Cuba em sua lista de "Estados patrocinadores do terrorismo". O país havia sido retirado do documento durante o mandato de Barack Obama, em 2015, como parte do processo de reaproximação da relação bilateral.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba condenou “nos termos mais veementes e absolutos a fraudulenta qualificação” e chamou o ato do governo americano de “cínico e hipócrita”.

O anúncio feito pelo secretário de Estado Michael Pompeo, de acordo com o ministério cubano, “constitui um ato soberbo de um governo desacreditado, desonesto e moralmente falido”. A nota diz ainda que “é sabido, sem dúvida, que a verdadeira motivação para esta ação é impor obstáculos adicionais a qualquer perspectiva de recuperação nas relações bilaterais entre Cuba e os Estados Unidos”.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse em comunicado, nesta segunda-feira (11), que "o Departamento de Estado designou Cuba como Estado Patrocinador do Terrorismo por apoiar repetidamente atos de terrorismo internacional, fornecendo refúgio seguro a terroristas".

"Com esta medida, voltaremos a responsabilizar o governo de Cuba e enviaremos uma mensagem clara: o regime de Castro deve pôr fim ao seu apoio ao terrorismo internacional e à subversão da justiça americana", completou.

O governo de Joe Biden, que tomará posse em 20 de janeiro, poderia retirar Cuba da lista, mas antes Antony Blinken, indicado para suceder Pompeo, teria que fazer uma revisão formal, o que significa que a medida pode permanecer em vigor por meses.

Com informações da AFP, EFE e Granma