Damares se junta a cúpula anti-ONU em defesa de "valores tradicionais", na Hungria

Em Cúpula da Demografia, a ministra colocou o Brasil à disposição para liderar bloco "pró-família" na ONU

Damares Alves - Foto: MMFDH
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A ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, participou de uma cúpula em Budapesta, na Hungria, que discutiu sobre temas como a imigração, a família tradicional, o "globalismo", a ONU, o aquecimento global e as "ameaças" do feminismo. Os conservadores da Cúpula da Democracia pregam o resgate do cristianismo como base do Ocidente e defendem uma política de aumento da natalidade. Segundo o jornalista Jamil Chade, em reportagem para o Uol, Damares disse durante a reunião que o Brasil de Bolsonaro quer liderar um bloco "pró-família" na Organização das Nações Unidas (ONU). Ao se candidatar para o posto, a ministra disse que o Brasil "voltou a ser um país da família". A ONU foi alvo de muitas críticas no encontro por ser considerada "contra crianças", por defender a educação sexual como forma de evitar doenças sexuais e gravidez precoce. Os apelos em prol dos valores tradicionais, no entanto, abrangeram questões que atacavam diretamente a imigração, contra a "substituição" de um perfil branco e cristão por uma sociedade diversa, marcada pela presença de imigrantes. Jaime Mayor Oreja, ex-ministro do Interior da Espanha, pregou uma "resistência moral contra a imigração" em defesa dos "princípios cristãos". "Há uma crise da civilização europeia e da verdade", disse. Miklos Szantho, presidente da Fundação de Mídia e Imprensa da Europa Central, pregou que deve haver uma campanha nas mídias para fortalecer a família. "Temos de mostrar famílias com base em valores naturais, a relação entre homem e mulher. Queremos apresentar a família como ela é, naturalmente", afirmou, atacando principalmente famílias LGBT. O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, que recebeu a Cúpula, defendeu um fortalecimento do cristianismo como forma de sustentar essas ideias. Outros discursos ainda atacaram o feminismo e pregaram um aumento da natalidade para "superar" a imigração. Confira a reportagem completa no UOL