Derrotado em Israel, Netanyahu se recusa a participar de cerimônia de sucessor e recebe afago virtual de Bolsonaro

Bateu saudades: Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro lamentou o fim do governo do aliado

Bolsonaro e Netanyahu (Foto: Alan Santos/PR)
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O agora ex-primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se recusou a participar da cerimônia em que deveria transmitir publicamente o poder de suas mãos para a de Naftali Bennett, novo chefe de governo. Bennett, ultranacionalista de direita, foi eleito premiê por 2 anos em uma aliança anti-Netanyahu - a outra metade do mandato será de Yair Lapid, apontado como "centrista".

Segundo informações da Folha de S. Paulo e do diário israelense Haaretz, Netanyahu deveria comparecer ao evento para passar oficialmente o poder para Bennett, mas se recusou a aparecer publicamente fazendo a transição do mandato ao líder do Yamina - que já foi das fileiras do ultradireitista Likud, do ex-premiê.

Os ex-aliados teriam apenas tido uma breve conversa de 30 minutos a portas fechadas. Após o encontro, "Bibi" se reuniu com líderes que ainda estão com ele e prometeu derrubar o governo.

O presidente Jair Bolsonaro não deixou de lamentar o fim do governo do aliado em suas redes. "Agradeço a Netanyahu, meu grande amigo, pelo ótimo trabalho que pudemos desenvolver juntos no fortalecimento da parceria entre os nossos países e na promoção do bem-estar dos nossos povos. Tenho certeza que a sorte e o seu imenso talento não lhe faltarão nesta nova etapa", tuitou.

O mandatário brasileiro, no entanto, saudou o novo premiê. "Também dou as boas-vindas ao novo governo israelense e desejo sucesso ao Premiê Naftali Bennett e ao Ministro das Relações Exteriores Yair Lapid, parabenizando-os pelo êxito nas eleições e na formação do governo. Estejam certos de que o Brasil não faltará a Israel e aos judeus", completou.

Em entrevista ao New York Times, Lapid afirmou que o novo governo pretende se aproximar de lideranças politicas mais moderadas e se afastar de "populistas".