Após diálogo com oposição, Maduro mira reconciliação com EUA

O presidente da Venezuela celebrou as negociações feitas na Cidade do México

Nicolás Maduro | Divulgação
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comentou sobre as negociações com a oposição nesta segunda-feira (16), após o encerramento da primeira rodada de diálogo realizada no México com o apoio da Noruega. Em discurso, o mandatário falou sobre uma repactuação com os Estados Unidos.

"Estamos firmes no diálogo como forma de superar as dificuldades, estamos avançando e continuaremos nesse caminho, com conversas e negociações saudáveis, de compreensão e reconciliação nacional. O diálogo é o caminho!", completou.

É com base no avanço das conversas que Maduro pretende repactuar com os Estados Unidos. As relações diplomáticas entre os dois países foram rompidas em 2019, em meio ao aumento das tensões com o governo de Donald Trump e com setores mais radicais da oposição - que estão entre os que se sentaram à mesa no Museu de Antropologia da Cidade do México.

"Vamos propor nas reuniões no México o início de um diálogo direto com o governo dos Estados Unidos para tratar de todas as questões bilaterais. Devem ceder ao seu ódio e desprezo contra a Venezuela, para que sejam abertos níveis e canais de diálogo e contatos de negociação", afirmou presidente.

Memorando de Entendimento com oposição

Maduro afirmou que o memorando de entendimento assinado pelo governo e pela Plataforma Unitária da Oposição no México é "um documento exitoso para o país porque coloca os três pontos por nós exigidos, com toda a sua contundência".

O documento foi assinado na sexta-feira, logo que foi instalada a mesa de diálogo na Cidade do México, e serve como um guia. Os pontos citados por Maduro são o levantamento das sanções econômicas, o fim da violência e o reconhecimento do governo legítimo. A oposição, por sua vez, quer ter mais participação na direção do processo eleitoral. Confira aqui a íntegra do memorando

Uma nova rodada de negociações acontecerá entre os dias 3 e 6 de setembro, segundo o Ministério de Relações Exteriores da Noruega. Foi decida pela criação de um "mecanismo de consulta com atores políticos e sociais que seja o mais inclusivo possível".

https://twitter.com/NorwayMFA/status/1427012164087390214
https://twitter.com/NorwayMFA/status/1426354390500315141

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