Pôr dinheiro no Brasil, só se Bolsonaro sair, diz maior fundo de investimentos do mundo

BlackRock, que gerencia US$ 10 trilhões, seis vezes o PIB brasileiro, afirma que Guedes só fala e que perdeu a paciência com o presidente radical por conta de seu negacionismo e da economia em frangalhos

Imagem: CNN en Español (Reprodução)
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O fundo de investimentos BlackRock, um conglomerado de endinheirados que gerencia US$ 10 trilhões (R$ 56 trilhões), o equivalente a seis vezes o PIB do brasileiro, afirmou nesta segunda-feira (10), por meio de seu líder para a América Latina, Donimik Rohe, que não colocará mais um centavo no Brasil até que Jair Bolsonaro saia do governo.

O anúncio foi feito durante uma reunião com empresários brasileiros e os magnatas norte-americanos lembraram que, hoje, o BlackRock tem condições de dobrar suas apostas no país, mas que aguardará o início do próximo ano (2023), quando, segundo Rohe, acredita-se que Bolsonaro deixará o Planalto, derrotado nas eleições presidenciais.

Os motivos que levaram à postura radical dos investidores sediados em Nova York são muitos. De acordo com as atas de decisões tomadas pelo grupo, o negacionismo do líder extremista brasileiro, aliado ao pandemônio econômico que sequer dá sinais de melhoras, como as altas taxas de juros e a escalada da inflação, além das promessas nunca cumpridas de Paulo Guedes, formaram um ambiente ruim para os negócios, que ficarão paralisados até que Bolsonaro saia e devolva o país à normalidade.