Eduardo Bolsonaro afirma que Leonardo DiCaprio é um dos culpados pelo incêndio na Amazônia

A WWF informa através de nota que a organização “não adquiriu nenhuma foto ou imagem da Brigada, nem recebeu doação do ator Leonardo DiCaprio

Foto: Montagem
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Desta vez o deputado federal Eduardo Bolsonaro resolveu provocar o ator americano Leonardo DiCaprio. Em postagem nas suas redes sociais, nesta quinta-feira (28), ele acusa o ator de ter doado “USD 300.000 para a ONG que tocou fogo na Amazônia”. Dudão diz ainda que “a ONG WWF pagou R$ 70.000 pelas fotos da floresta em chamas”. A WWF, por sua vez, informa através de nota que a organização “não adquiriu nenhuma foto ou imagem da Brigada, nem recebeu doação do ator Leonardo DiCaprio. Tais informações que estão circulando são inverídicas”. “Leonardo DiCaprio doou USD 300.000 para a ONG que tocou fogo na Amazônia, a ONG @WWF pagou R$ 70.000 pelas fotos da floresta em chamas. Macron e Madonna foram mais espertos, só pegaram na internet umas fotos tiradas décadas atrás de alguma floresta pegando fogo e postaram mesmo.” Caso sob suspeita O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), anunciou nesta quinta-feira que decidiu destituir o atual delegado que preside o inquérito da prisão preventiva dos quatro brigadistas de Alter do Chão, José Humberto de Melo, para nomear Waldir Freire Cardoso como responsável pelo caso. De acordo com Barbalho, a escolha por Waldir Freire se dá por sua atuação como diretor da Delegacia Especializada em Meio Ambiente e, portanto, por seu conhecimento técnico da área. “O caso requer atenção e toda a transparência necessária. Ninguém está acima da lei, mas, ao mesmo tempo, ninguém pode ser vítima de pré-julgamento ou ter seu direito de defesa cerceado”, disse o governador. Já o Ministério Público Federal (MPF) em Santarém, no Pará, encaminhou nesta quarta-feira um ofício à Polícia Civil pedindo acesso integral ao inquérito aberto contra brigadistas pelos incêndios florestais em Alter do Chão. Nesta semana, policiais prenderam quatro voluntários da ONG Brigada de Alter do Chão e advogados de defesa vão entrar com pedido de habeas corpus. A Procuradoria sustenta que, desde setembro, já estava em andamento na Polícia Federal um inquérito para investigar as queimadas na região. No entanto, no âmbito federal, não havia nenhum elemento que apontava para a participação de brigadistas ou organizações da sociedade civil. “Ao contrário, a linha das investigações federais, que vem sendo seguida desde 2015, aponta para o assédio de grileiros, ocupação desordenada e para a especulação imobiliária como causas da degradação ambiental em Alter”, diz o Ministério Público, em nota.