Em campanha, Trump usa máscara como símbolo do patriotismo e diz que testa para Covid-19 várias vezes ao dia

Enquanto faz campanha pelas redes, Trump ameaça usar as forças federais de segurança em várias cidades dos EUA para reprimir atos contra sua administração, sob o pretexto de combater a violência

Donald Trump (Reprodução/Twitter)
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Em campanha para a reeleição na Casa Branca, Donald Trump deu uma guinada em seu comportamento sobre o combate ao coronavírus em menos de 24 horas e adotou a máscara como símbolo de patriotismo.

"Estamos unidos em um esforço para derrotar o vírus invisível da China e muitas pessoas dizem que é patriótico usar uma máscara quando você não pode se distanciar socialmente. Não há ninguém mais patriótico do que eu, seu presidente favorito", tuitou Trump junto com uma foto em que aparece pela primeira vez de máscara.

https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1285299379746811915

Ainda na rede, Trump anunciou que os EUA vão "muito bem" no combate ao "vírus chinês" e divulgou, via assessoria, que faz testes do coronavírus "várias vezes por dia".

"Ele é testado mais do que ninguém, várias vezes ao dia. E acreditamos que ele está agindo adequadamente", disse a secretária de imprensa Kayleigh McEnany à rede CNN.

https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1285524871666118656

Atos
Enquanto faz campanha pelas redes, Trump ameaça usar as forças federais de segurança em várias cidades dos EUA - todas governadas por democratas - para reprimir atos contra sua administração, sob o pretexto de combater a violência. A ação é vista como uma manobra eleitoral mirando o pleito de 3 de novembro

Em Portland, no estado de Oregon, agentes federais são acusados de abuso de poder, prendendo manifestantes sem se identificarem ou darem explicações e os transportarem em veículos comuns.

Os policiais foram enviados pela Casa Branca sob o argumento de defender prédios e monumentos federais de manifestantes que participam dos protestos contra o racismo e a violência policial. Os governos local e estadual pedem sua retirada, mas esta decisão cabe a Trump.

Na semana passada, a Procuradoria de Oregon denunciou as forças de segurança por violações dos direitos civis.