Em Davos, presidente espanhol Pedro Sánchez defende redistribuição de riquezas e “transição ecológica”

O líder socialista explicou que sua convicção sobre a necessidade de redistribuição de riqueza passa por um outro conceito, que é o da “justiça fiscal”

O primeiro-ministro provisório da Espanha, Pedro Sanchez (Divulgação/CongresoES)
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O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, fez um dos discursos mais destacados em Davos, nesta quarta-feira (22), no qual abordou com propostas polêmicas os dois problemas que estão sendo mais discutidos nesta atual edição do Fórum Econômico Mundial: a imensa desigualdade de riqueza e a crise climática. O político socialista, que iniciou recentemente seu segundo mandato, participou justamente de um debate sobre o problema da desigualdade, e defendeu que os líderes mundiais comecem a conversar mais sobre o conceito de “redistribuição de riqueza” e não somente de renda. Segundo Sánchez “este é o momento de conversarmos sobre uma nova era, que seja centrada no crescimento inclusivo e na proteção dos mais vulneráveis, que supere de uma vez o fracasso do neoliberalismo, e que não permita que o progresso econômico, que é necessário, se faça sempre às custas dos seres humanos”. O presidente espanhol, também explicou que sua convicção sobre a necessidade de redistribuição de riqueza passa por um outro conceito, que é o da “justiça fiscal”, com um sistema de impostos que seja mais rigoroso com os mais ricos, para poder se fazer um devido reequilíbrio. Também defendeu uma nova regulação para garantir “um funcionamento mais justo dos mercados”. Finalmente, Sánchez também disse que a crise climática tem consequências graves na economia, e é preciso uma ação urgente da comunidade internacional “para que toda a economia global passe por uma transição ecológica, que também seja responsável, ou seja, sem castigar os mais necessitados”. Contudo, também advertiu que tais tarefas devem ser feitas com o cuidado baseado nos objetivos finais: “nenhum crescimento é bom se não reduz as desigualdades, nenhuma transição ecológica é boa se não se baseia na justiça social”, concluiu Sánchez.