Em primeira aparição com Biden, Kamala Harris lembra do ebola para alfinetar Trump

“Lembram do ebola? Barack Obama e Joe Biden levaram a questão a sério e fizeram seu trabalho. Apenas duas pessoas morreram nos Estados Unidos. Duas! Bem diferente do que vemos agora”, comentou a candidata a vice pelo Partido Democrata

Joe Biden e Kamala Harris (foto: CBS News)
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Nesta quarta-feira (12), no primeiro evento de campanha em que o Partido Democrata mostrou Joe Biden e Kamala Harris juntos como candidatos a presidente e vice, a atual senadora roubou a cena com uma declaração que continha uma evidente crítica ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua criticada política de contenção da crise de saúde.

Após subir ao palco ao lado de Biden, ambos com máscaras protetoras, Harris falou durante cerca de 13 minutos sobre os motivos que a fizeram aceitar a proposta de formar parte da chapa.

O momento mais destacável do seu discurso foi quando lembrou da pandemia do vírus ebola, que afetou vários países da África e parte da Europa, entre 2013 e 2015, quando Barack Obama era presidente dos Estados Unidos e Joe Biden era seu vice.

“Lembram do Ebola? Barack Obama e Joe Biden levaram a questão a sério e fizeram seu trabalho. Apenas duas pessoas morreram nos Estados Unidos. Duas! Bem diferente do que vemos agora”, comentou a candidata a vice pelo Partido Democrata.

A frase foi interpretada como uma clara alfinetada a Trump, cujas políticas para enfrentar a atual pandemia do coronavírus tem sido consideradas um fracasso: os Estados Unidos são o país mais afetado do mundo, com mais de 5 milhões de contagiados e cerca de 165 mil óbitos já registrados.

As eleições nos Estados Unidos acontecem no dia 3 de novembro, e, por enquanto, a candidatura de Biden tem 56% das intenções de voto, segundo as pesquisas – todas feitas antes do anúncio de Kamala Harris como vice, então ainda não se sabe se essa novidade poderá ter efeito positivo ou negativo nesses números.

A candidatura de Donald Trump e Mike Pence, em busca da reeleição, tem cerca de 40% dos votos, segundo as mesmas sondagens recentes.