Em três meses, ditadura da Bolívia aumenta desemprego e dívida pública

Imposta pelos militares, presidenta Jeanine Áñez alega que aumento da dívida foi necessário para “consertar problemas deixados por Evo”, apesar de que a gestão do presidente deposto foi caracterizada por excelentes índices econômicos

Foto: Reprodução/Twitter
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A ditadura de Jeanine Áñez na Bolívia continua não produz números assustadores apenas na quantidade de mortos e feridos pelas ações de repressão das suas polícias ou das Forças Armadas que a apoiam. Também já tem índices econômicos e sociais negativos.

Por exemplo, o INE (Instituto Nacional de Estatísticas da Bolívia) publicou um informe recente mostrando que o desemprego no país teve um aumento de 4,83% durante os três meses do seu governo – a presidenta foi imposta pelos militares no dia 12 de novembro de 2019.

Segundo analistas da imprensa local, o aumento se deve, especialmente, às demissões massivas promovidas pelo governo no setor público, incluindo algumas empresas estatais.

Outro dado importante é o aumento da dívida pública. O próprio governo admite que o país precisou adquirir uma dívida de 2 bilhões de dólares – segundo a presidenta Áñez, “para resolver os problemas deixados por Evo Morales”.

Por sua vez, o ex-presidente boliviano não perdeu a chance de responder a ditadora, através do seu Twitter. Segundo ele, “os golpistas estão destruindo as empresas públicas para privatizá-las. Querem despojar o povo do seu patrimônio”.

Uma das coisas que marcou o governo de Evo Morales foram suas cifras econômicas positivas: o PIB da Bolívia passou de 9 bilhões a mais de 40 bilhões de dólares, a pobreza extrema caiu de 38% a menos de 15%, o salário mínimo que era de aproximadamente 270 reais passou a ser de quase 1400 reais, e o desemprego que era de mais de dois dígitos, chegou a apenas 4,2%.

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