Emmanuel Macron: “epidemia do coronavírus está apenas começando”

Declaração do presidente francês destoa da do brasileiro Jair Bolsonaro, para quem o coronavírus “tem o seu poder destruidor superdimensionado”

Foto: Clauber Cleber Caetano/Presidência da República
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O presidente francês, Emmanuel Macron, deu entrevista aos meios locais nesta terça-feira (10), horas depois de visitar um hospital público de Paris que trata pacientes com coronavírus. Sendo assim, o tema principal da conversa não poderia ser outro, senão a propagação do vírus em seu país e a reação do governo a este problema.

Segundo Macron, “estamos nos preparando para enfrentar algo que pode ser grande. A epidemia do coronavírus (na França) está apenas começando, mas nós já estamos tomando as medidas de saúde para mantê-la sob controle”.

O presidente anunciou também que alguns hospitais públicos do país terão alas especiais para pacientes com coronavírus, mas que essa medida pode ser incrementada nos próximos dias. “Esta é uma medida adequada para a quantidade de casos que temos hoje. Existem outros planos que podem ser acionados se este número aumenta, mas por enquanto não são necessários”.

Atualmente, a França é o segundo país europeu mais afetado pelo coronavírus. Até esta segunda, o país registrava oficialmente, 1,4 mil casos de pessoas contagiadas e 30 casos de falecimento. Entre os contagiados está o ministro da Cultura da França, Franck Riester, enquanto o chefe de gabinete de Macron, Patrick Strzoda, que apresenta sintomas, anunciou nesta terça que realizará exames para verificar se contraiu o vírus.

“Devemos estar bem lúcidos na hora de reagir a esta epidemia. O ministro da Saúde (Olivier Véran) sempre lembra que, para uma boa reação à esta situação, a primeira providência é não entrar em pânico”, afirmou o mandatário francês, após a visita ao hospital.

As declarações de Macron destoam um pouco da reação de Jair Bolsonaro, um dos seus maiores desafetos internacionais.

Em meio a viagem pelos Estados Unidos, o presidente brasileiro reclamou da cobertura da imprensa sobre o coronavírus, e afirmou que a doença “tem o seu poder destruidor superdimensionado”.