Evo Morales felicita Obrador e fala em "nova página" na história da América Latina

"Queremos uma América Latina com independência", clamou Evo Morales

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, usou o Twitter para parabenizar o novo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador. Com a vitória conhecida na noite deste domingo (1º). Obrador rompeu uma tradição de troca de poder entre apenas dois partidos (PRI e PAN) por 90 anos e traz um representante da esquerda para o comando de um dos mais importantes países da América Latina. Evo afirmou que a vitória de Obrador escreverá uma nova página para a região: "Os povos dignos sempre lutam por ter um Estado soberano. Queremos uma América Latina com independência. O triunfo do irmão López Obrador garante a libertação de nossos povos para construir pontes em vez de muros de discriminação", disse o presidente boliviano numa referência à política de exclusão do norte-americano Donald Trump. "Estamos seguros que seu governo escreverá uma nova página na história da dignidade e soberania latino-americana", disse Evo. Depois de tentar por três vezes, Obrador finalmente consquistou a maioria do eleitorado mexicano. O resultado foi anunciado no final da noite deste domingo (1º). Ele foi eleito com 53% dos votos contra 22% do representante da direita Ricardo Anaya. José Antonio Meade ficou com 15,7% e Jaime Rodriguez Calderón com 5%. Obrador afirmou que o México passará por mudanças profundas, mas com respeito à democracia. “O novo projeto de nação buscará estabelecer uma autêntica democracia, não apostamos construir uma ditadura aberta ou fechada", disse o novo presidente. "As mudanças serão profundas, mas acontecerão com apego à ordem legal estabelecida. Haverá liberdade empresarial, de expressão, de associação e de crenças. Serão garantidas todas as liberdades individuais e sociais, assim como os direitos políticos consagrados em nossa constituição". O novo presidente procurou dar sinais ao empresariado e ao mercado financeiro ao garantir o respeito a contratos firmados antes da eleição. "O novo governo manterá a disciplina financeira e fiscal. Os compromissos estabelecidos com empresas, bancos nacionais e estrangeiros serão reconhecidos. No entanto, alertou que irá revisar contratos com o setor energético "para prevenir atos de corrupção e ilegalidade".