Exilados começam a voltar para Cuba atrás de sistema de saúde e bem-estar social

Artigo de Marcelo Rubens Paiva intitulado ‘Volta pra Cuba’ diz que aumenta cada vez mais o número de cubanos que voltam para a Ilha

As ruas de Havana. Foto: Ansalmo Juvaga/Free Stock Photo
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Artigo do escritor Marcelo Rubens Paiva, publicado no Estadão desta quarta-feira (14), dá conta que, segundo o governo cubano, em torno de 13 mil exilados pediram repatriação em 2017. E número não para de crescer. O que mais tem atraído os exilados, de acordo com Marcelo, é o sistema de saúde do regime comunista cubano. E o governo incentiva a volta. O escritor lembra ainda que “o incentivo ao retorno é um dos projetos da nova reforma de imigração proposta por Raúl Castro em 2013 e resultado do afrouxamento da relação entre os dois países, promovida por Obama”. “Cubanos que retornam também podem levar produtos livres de importação. O que os leva a experimentar o ofício de sacoleiro e oferecer remédios e produtos que faltam aos cubanos e parentes.” Cubanos que queiram voltar devem procurar os consulados e pedir a repatriação. As histórias de repatriação têm saído no insuspeito jornal Miami Herald, lido pela comunidade de exilados cubanos da Flórida. Vários personagens revelam solidão, doenças terminais e falta de apoio a cubanos idosos que moram nos EUA. Nem todos, no entanto, podem voltar, conforme lembra Rubens Paiva. “Ofelia Acevedo, que mora em Miami, viúva do ativista Oswaldo Payá, teve o visto proibido. Payá, que tentou reformar a constituição cubana, fundou um partido católico e o Internacional Democrata de Centro, na ilha, morreu de forma suspeita num acidente de carro em 2012”.