Extremistas espanhóis difundem vídeo simulando fuzilamento de Pedro Sánchez e membros do seu governo

Entre os “fuzilados”, além do presidente, estão o vice Pablo Iglesias, que foi líder do Movimento dos Indignados em 2011, e a ministra da Igualdade, Irene Montero. Suspeita-se que os autores do vídeo sejam ligados ao partido Vox, de ultradireita neofranquista

Atirador simula fuzilamento de membros do governo de esquerda da Espanha (foto: reprodução Twitter)
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Nesta quinta-feira (18), o Ministério do Interior da Espanha anunciou a investigação de um vídeo que viralizou no país nos últimos dias, onde extremistas realizam uma sessão de prática de tiro usando como alvo fotografias do presidente Pedro Sánchez e alguns membros do seu governo, simulando um fuzilamento dos mesmos.

O vídeo começa mostrando as fotografias dos alvos, para depois se distanciar anunciando: “sentença”. Ao se afastar, um atirador começa o “fuzilamento” das vítimas, entre risos do autor das imagens, do próprio atirador e outras pessoas que estavam no local – mas não aparecem no vídeo, somente suas vozes.

Além de Sánchez, do PSOE (Partido Socialista Operário da Espanha), os outros “fuzilados” foram o vice-presidente Pablo Iglesias (que também foi presidente do Podemos e líder do Movimento dos Indignados em 2011), a ministra da Igualdade, Irene Montero, o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, e o deputado Pablo Echenique, líder do partido Podemos no Congresso espanhol. Todos os alvos são membros de partidos de esquerda.

Existe a suspeita de que pessoas ligadas ao Vox, partido de ultradireita neofranquista que surgiu na Espanha nos últimos anos, estejam por trás das imagens. A própria direção do partido tem evitado tocar no assunto nos últimos dias.

O vice-presidente Pablo Iglesias comentou o vídeo, dizendo que “nem mesmo as ameaças de morte desses pseudo-comandos da extrema-direita nos distrairão de nossa tarefa de reforçar a justiça social e uma recuperação econômica que não deixa ninguém para trás. Enfrentando os ultras: justiça social, democracia, liberdade, governo”.