FMI libera crédito de 3,5 bilhões de dólares à América Latina em troca de “austeridade” pós-coronavírus

Fundo avisou que exigirá as tradicionais medidas de ajuste aos países beneficiados, após o fim da pandemia

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Nos próximos dias, o FMI (Fundo Monetário Internacional), entregará novos empréstimos a 11 países da América Latina e do Caribe, desembolsando um total de 3,5 bilhões de dólares para ajudar essas nações a enfrentar as crises econômica e de saúde causadas pela pandemia do novo coronavírus.

O comunicado que anunciou a liberação dos créditos foi publicado nesta quarta-feira (13). Os países beneficiados são Bolívia, Costa Rica, Dominica, Equador, El Salvador, Granada, Haiti, Panamá, Paraguai, República Dominicana e Santa Lúcia.

Os valores variam de um país para outro. O país que receberá mais recursos é a República Dominicana, com 650 milhões de dólares, enquanto Dominica é o que receberá menos – apenas 14 milhões.

Outros cinco países da região aguardam a resposta do Fundo sobre suas solicitações. São eles Chile, Colômbia, Honduras, Jamaica e Peru.

Em março, a Venezuela também pediu um crédito ao FMI, no valor de 5 bilhões, para adquirir insumos básicos para enfrentar a pandemia do coronavírus, mas a ajuda foi negada pelo organismo.

Mesmo assim, o país sul-americano tem conseguido se manter como um dos mais eficientes do mundo no combate à pandemia, com 423 infectados por covid-19 até agora – 10 falecimentos e 220 recuperados da doença.