Geração ‘Smartphone’ faz menos sexo, bebe menos e não sai muito, diz pesquisa

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Por outro lado, a autora do estudo aponta que esse novo grupo é mais tolerante com diferenças e ativa na defesa dos direitos LGBT. Da Redação Há alguns anos as definições de Geração X, Y ou Z são discutidas na área comportamental. Surge agora um novo rótulo, “Geração Smartphone”, que, segundo pesquisa norte-americana, engloba os nascidos depois de 1995. Este levantamento apontou que jovens deste novo grupo fazem menos sexo, não saem muito, bebem menos álcool e são menos propensos a dirigir. De acordo com a professora de psicologia Jean Twenge, da Universidade Estadual de San Diego (EUA), eles são menos preparados para a vida adulta e vem amadurecendo mais lentamente que as anteriores. Essas conclusões foram publicadas no livro iGen: Why Today's Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy - and Completely Unprepared for Adulthood – que na tradução livre significa iGen: Por que as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes - e completamente despreparadas para a vida adulta, em tradução livre. Neste levantamento, foram ouvidos cerca de 11 milhões de jovens norte-americanos. Em entrevista à BBC Mundo, Twenge explicou que essa geração cresceu em um ambiente mais seguro e menos exposto a situações de risco. O que, segundo ela, faz com que cheguem à vida adulta com menos experiências, mais dependências e com dificuldade de tomar decisões. Este comportamento está, segundo a autora, relacionado com a superconectividade. Estima-se que esta geração passa, em média, seis horas por dia conectado à internet. Eliminando o contato presencial com amigos, o que não significa o fim das relações interpessoais, uma vez que as redes sociais continuam conectado pessoas e comunidade. Um dado alarmante apontou ainda que a Geração Smartphone sofre com altos níveis de ansiedade, depressão e solidão. Elevando a taxa de suicídio, que foi o triplo registrado na última década, entre meninas de 12 a 14 anos. Por outro lado, eles enxergam o mercado de forma mais realista e são mais dispostos a trabalhar duro. "Eles não têm grandes expectativas como as que tinham os millennials (nascidos após 1980). Eles estão mais preocupados em estar física e emocionalmente seguros. Bebem menos e não gostam de riscos", concluiu. Mais que as gerações anteriores, esta é mais tolerante com as diferenças e se mostra mais ativa na defesa de direitos LGBT e da população, em geral. “Eles acreditam que as pessoas devem ser o que são", completou. *com informações da BBC Brasil Foto: Allan White/ Fotos Públicas