Globo passa pano para os EUA e destaca justificativa para assassinato de líder militar iraniano

Portal da Globo reproduz em sua manchete principal justificativa do secretário de Estado dos EUA

Reprodução
Escrito en GLOBAL el
O portal Globo.com colocou em seu destaque principal a justificativa dos Estados Unidos pelo ataque aéreo realizado na noite desta quinta-feira (2) contra o Iraque que matou o general Qasem Soleimani, comandante da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã. "EUA: general foi morto para evitar 'ataque iminente' do Irã", é o que diz a manchete principal do portal da Globo, que garante espaço também para a "promessa de vingança" do Irã. A declaração em destaque foi dada pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, na manhã desta sexta-feira. "Ele estava planejando ativamente para realizar ações na região –uma ação grande, como ele descrevia– que colocaria em risco dúzias, se não centenas, de vidas americanas. Nós sabemos que era iminente", disse. A ação militar comandada pelo presidente Donald Trump gerou grande preocupação global e fez o secretário-geral da ONU, António Guterres, emitir comunicado. Segundo ele, “o mundo não suportará uma nova Guerra do Golfo” e é o momento em que “os líderes mundiais devem mostrar toda a sua moderação”, para evitar o início de um conflito armado no Oriente Médio. Agnes Callamard, relatora especial da ONU para Execuções Extrajudiciais, usou as redes sociais para criticar o ataque promovido pelo Pentágono. "A declaração do Pentágono menciona que visava 'impedir futuros planos de ataque iranianos'. Isso, porém, é muito vago. O futuro não é o mesmo que iminente, que é o teste baseado no tempo exigido pelo direito internacional", afirmou. Após diversas críticas, Pompeo optou pelo uso do termo "iminente" em sua declaração, mas sem apontar tal "iminência". O Congresso estadunidense também não recebeu bem a decisão de Trump. “As maiores prioridades dos nossos líderes são proteger as vidas e os interesses americanos. Mas estaremos colocando isso em risco ao participar de ações provocativas e desproporcionais”, disse Nancy Pelosi, presidenta da Câmara dos Representantes. A parlamentar ressaltou ainda que a medida deveria ter passado pela aprovação do Legislativo. https://twitter.com/AgnesCallamard/status/1212939646549856267