Governos de extrema direita cortam contribuições e deixam ONU à beira da falência

Entidade economiza luz, serviços de limpeza, água, horas extras, viagens entre outros serviços

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Uma grave crise econômica sem precedentes atinge a Organização das Nações Unidas (ONU). Em função disto, em sua sede, em Genebra, na Suíça, os elevadores estão fora de serviço, escadas rolantes desligadas, luzes e até mesmo o aquecimento apagado. Nos corredores, um cartaz da administração alerta que nem todos os serviços de limpeza estarão funcionando. A organização apelou, em setembro, para que os países fizessem os pagamentos de suas contribuições obrigatórias. Numa carta enviada aos governos de todo o mundo, a entidade alertou que estava prestes a ficar sem liquidez. Sem esse dinheiro, salários poderiam ser suspensos, além de interrupções em operações pelo mundo. A crise, no entanto, de acordo com embaixadores, não é de dinheiro. Eles admitem que o problema é do multilateralismo, atacado por grandes potências. Nesta semana, o governo de Donald Trump anunciou sua saída do Acordo Climático de Paris. E, por horas, a ONU evitou criticar o maior doador de dinheiro da entidade. Até o início de setembro, por exemplo, de acordo com a coluna de Jamil Chade, no UOL, o Brasil era o segundo maior devedor da ONU, acumulando pagamentos atrasados no valor de US$ 433,5 milhões para todas as áreas da entidade. Para o orçamento regular, a dívida seria de US$ 143 milhões. Dados oficiais da secretaria-geral indicam que, nos oito primeiros meses do mandato de Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto não destinou nenhum centavo ao orçamento regular da entidade internacional, apesar de se tratar de uma obrigação. Bolsonaro só é superado pelo governo de Donald Trump no que se refere às dívidas. Na carta, o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, explicou que a entidade vive sua pior crise de dinheiro na década.

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