Imigrantes haitianos vão às ruas de Miami protestar contra comentários racistas de Trump

Presidente dos Estados Unidos teria se referido ao Haiti, El Salvador e países da África como “buracos de merda”. No Twitter, ele negou, embora políticos que estavam no encontro confirmam.

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Presidente dos Estados Unidos teria se referido ao Haiti, El Salvador e países da África como “buracos de merda”. No Twitter, ele negou, embora políticos que estavam no encontro confirmam. Da Redação* Um grupo composto por dezenas de imigrantes haitianos e membros desta comunidade marchou, em Miami, para expressar sua rejeição aos adjetivos que o presidente Donald Trump falou ao se referir a países da América Latina e da África. Reunidos no bairro de Pequena Haiti, os manifestantes qualificaram de “racistas” as palavras que, segundo informou o jornal The Washington Post, Trump proferiu na quinta-feira (11), durante uma reunião com legisladores e na qual chamou de “buracos de merda” El Salvador, Haiti e vários países africanos. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. “Agora que foram tiradas todas as roupas do imperador, já vemos. (Trump) Está salvando esta nação para os imigrantes brancos e dizendo às pessoas pretas 'vá pro inferno'’” , declarou ao, “Miami Herald”, Steven Forester, do Instituto Para a Justiça e Democracia no Haiti e participante da passeata.

O percurso começou no Centro Cultural Pequeno Haiti, no mesmo bairro onde em 2016 Trump fez uma parada durante sua campanha presidencial e onde dezenas de pessoas se concentraram com cartazes nos quais se liam “O presidente Trump é racista!!!”, “Respeito ao Haiti” e “Não esqueceremos”.

O imigrante Erns Robillard, que chegou do Haiti no ano de 2000, disse ao “USA Today” que ele não fica surpreso com os comentários de Trump, já que “isto é uma coisa que está nas suas veias, isto é ele”.

Muitos dos manifestantes criticaram que o Governo Trump tenha decidido acabar com o programa de Status de Proteção Temporária para imigrantes do Haiti, que se calcula beneficiava mais de 46 mil pessoas procedentes da ilha caribenha.

Trump negou em várias mensagens do Twitter ter usado essa expressão, ainda que tenha admitido que a linguagem que usou foi “dura”. No entanto, parlamentares que estavam no encontro confirmaram que ele, de fato, usou a frase.

*Com informações do G1 Foto: Creative Commons