Jogador brasileiro é hostilizado e deve deixar time russo cujos torcedores se vangloriam de racismo histórico

Clube russo irá negociar o jogador após pressão da torcida que não aceita negros no time

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Mal chegou ao Zenit e o atacante brasileiro Malcom já pode ir embora do time. O clube russo contratou o jogador por 40 milhões de euros, mas mesmo com o alto investimento não deve ficar com o jogador por muito tempo. O motivo é a torcida do time que não tolera jogadores negros e pedem a sua saída. Na partida que o Zenit fez neste final de semana em São Petersburgo, a torcida levantou uma faixa que tinha uma frase irônica: “Obrigado direção pela lealdade às tradições". Os torcedores do clube se orgulham de serem racistas. Nas últimas semanas divulgaram um manifesto na internet onde tentam justificar seus atos de intolerância. "Não somos racistas e, para nós, a ausência de jogadores negros é uma tradição importante, que enfatiza a identidade do clube e nada mais. Nós, como o clube mais a norte das grandes cidades europeias, nunca estivemos mentalmente ligados a África, assim como com a América do Sul, Austrália ou Oceania. Não temos nada contra os habitantes desses países e de outros continentes, mas, ao mesmo tempo, queremos jogadores que sejam espiritualmente próximos ao Zenit." Contraditoriamente, um dos jogadores com melhor retrospecto vestindo a camisa do Zenit é o atacante Hulk, que jogou a Copa do Mundo de 2014 pela seleção brasileira. Na Rússia, o paraibano atuou em 148 jogos, marcando 77 gols.