A pandemia do coronavírus SARS-CoV-2 (causador da infecção covid-19) entra em uma nova fase, devido ao início das campanhas de vacinação em vários países do mundo. Situação que tem um grande obstáculo pela frente: enfrentar o discurso dos grupos antivacina, que tentam convencer as pessoas a duvidarem da eficácia dos produtos.
Nesse contexto, ganha ainda mais relevância as iniciativas como a da jornalista nigeriana Moji Makanjoula, que criou uma plataforma especialmente dedicada a informações sobre campanhas de vacinação no mundo inteiro, e especialmente na África.
Se trata do ISMPH (sigla em inglês da Sociedade Internacional de Mídia em Saúde Pública), meio no qual trabalha uma equipe de 11 jornalistas africanos e diversos especialistas em diferentes campos da medicina.
A plataforma foi criada em 1996, para a cobertura de uma campanha de vacinação contra a poliomielite na Nigéria. “Desde então, entendemos que é importante difundir essas informações. Elas salvam vidas, porque ajudam as pessoas a ter acesso a esses produtos. Na África, havia comunidades onde a vacinação não acontecia porque as pessoas simplesmente não sabiam que a campanha estava acontecendo”, relata Makanjoula.
A jornalista considera que a falta de informação ainda é um grande problema em muitos lugares do mundo, mas agora também há um novo inimigo: os discursos antivacina. “Esse problema sempre existiu. Grupos assim não são uma novidade em quase nenhum país do mundo, mas com as redes sociais eles ganharam mais ressonância”, comentou a jornalista, em entrevista ao site Global Citizen.